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Médica vacinada tranquiliza: “Foi uma experiência igual à toma de outra vacina como por exemplo a da gripe”

Ana Margarida Fernandes, natural de Vale de Cambra, foi uma das profissionais de saúde a ser vacinada no Hospital de Gaia, uma das unidades onde, esta terça-feira, dia 29 de dezembro, foram administradas as primeiras vacinas contra a covid-19 em Portugal.

Ana Margarida Fernandes, Assistente Hospitalar de Medicina Intensiva e Medicina Interna no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, foi uma das primeiras pessoas a quem foi administrada a vacina contra a covid-19. 

A profissional de saúde considerou ter sido uma experiência igual à toma de outra vacina, “como por exemplo a vacina da gripe”, referiu como forma de sossegar quem possa ter receio de ser vacinado.

A toma da vacina contra a covid-19 traz um sinal de esperança. 

“Foi um ponto de viragem, uma sensação de esperança para todos, nomeadamente para nós profissionais que estamos na luta contra esta pandemia desde março”, revela, em entrevista ao Voz de Cambra. 

Depois de aguardar os 30 minutos necessários para despistar alguma eventual reação adversa, a profissional de saúde não apresentou qualquer sintoma. 

Ana Margarida Fernandes disse que pela primeira vez “começamos a ver uma luz no fundo do túnel”, mas que, ainda há um “caminho longo” a percorrer. 

“Ainda é cedo para baixarmos a guarda, estamos ainda na primeira fase de vacinação de uma vacina em que a sua eficácia máxima só é atingida ao final de duas tomas (ainda só estamos na primeira) e apenas ainda se vacinou um pequeno grupo da população. Ou seja, devemos manter todos os cuidados que mantivemos até agora”, reforça. 

Confiante na ciência, a Assistente Hospitalar de Medicina Intensiva e Medicina Interna –  que desde março está na linha da frente na luta contra esta pandemia – lembra que esta vacina não foi “desenvolvida do zero”.

“É normal termos alguma desconfiança com a vacina, pois a sua produção parece ter sido demasiado rápida. No entanto, temos que perceber que esta vacina não foi “desenvolvida do zero”. Os cientistas responsáveis pela vacina da Pfizer/BioNTech são médicos especialistas no desenvolvimento de terapêutica génica muito utilizada para o tratamento de neoplasias, e “adaptaram” esses conhecimentos ao desenvolvimento de uma vacina contra o SARS-Cov2”, explica. 

E acrescenta que além disso, “o desenvolvimento de qualquer novo medicamento/vacina passa por um processo burocrático que pode levar meses a anos a ser aprovado, mas como todo o mundo esperava a vacina as entidades reguladoras foram muito mais expeditas na aprovação de todo o processo”. 

A médica valecambrense explica que estes dois fatores permitiram que “conseguíssemos obter uma vacina que é segura e, mais importante, eficaz em tempo considerado record”, frisa. 


Vacina COVID-19 | SNS24

Quando iniciou a vacinação contra a COVID-19 em Portugal?

Em que locais será administrada a vacina?

– Toda a logística da campanha de vacinação está desenhada, utilizando a rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A vacinação contra a COVID-19 está a ocorrer em pontos de vacinação definidos e adaptados de acordo com a fase de vacinação.

– Nos lares e estruturas similares, os trabalhadores e residentes irão ser vacinados no local por profissionais do Serviço Nacional de Saúde que irão deslocar-se às instituições para o efeito.

Qual está a ser a estratégia de vacinação em Portugal?

– Fase 1:

Quem está a ser vacinado em primeiro lugar?

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