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É essencial confiarmos no Estado e nas suas instituições

Numa das minhas primeiras intervenções acerca da pandemia Covid-19 disse, e mantenho, que é essencial confiarmos no Estado e nas suas instituições.

Confiar no Estado, como um todo, e nas suas diversas partes, é essencial.

Recentemente, a cadeia de confiança foi abalada. Intencionalmente? Diria que não.

A decisão de centralização da informação sobre a Covid-19 veio levantar problemas de confiança no Estado. Poderemos dizer que se trata de uma contradição. Contudo, não é esse o caso.

Centralizar a informação privando uma parte significativa do Estado de a ter, na sua posse, em tempo útil, é perigoso. E é perigoso pois condiciona o tempo de resposta dos agentes de proteção civil locais e regionais à pandemia.

Assim, uma decisão que visa reduzir obstáculos de comunicação pode, na sua essência, criar obstáculos de comunicação cujo resultado final ninguém pretende.

Deste modo, deve o Governo da República Portuguesa criar um sistema de comunicação de casos eficaz e eficiente e a implementar um plano de comunicação referente à pandemia, de cariz obrigatório, para todos os agentes de proteção civil.

É preciso facilitar os processos de comunicação, é preciso facilitar a eficiência dos relatórios. É preciso terminar com a suspeita – sem fundamento – de que o Estado está a manipular a informação.

Fica o repto para que a Comissão Municipal de Proteção Civil da Câmara Municipal, a Câmara Municipal de Vale de Cambra e a Associação de Municípios de Terras de Santa Maria tomem uma posição conjunta sobre esta temática.

Mais que protestar, é tempo de, democraticamente, apresentarem os argumentos que levam a que esta decisão seja injusta.

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