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“Canto a Vozes” inscrito na lista nacional do património cultural imaterial. Na corrida a património da humanidade

Inscrição é o primeiro passo para chegar a Património Cultural Imaterial da Humanidade. Grupo de cantadas “Terras de Arões” na corrida.

O Grupo “Terras de Arões”, de Vale de Cambra está entre os 16 grupos do Canto de Mulheres de matriz rural a 3 ou mais vozes, que este sábado, 11 de setembro, integraram a inscrição na lista nacional do Património Cultural Imaterial de Portugal. 

A iniciativa foi levada a cabo pela Associação “Canto a Vozes” – Fala de Mulheres que tem salvaguardado este património imaterial, que vincula as mulheres no combate à vulnerabilidade das comunidades onde residem, e que reforça a identidade local e desoculta o papel das mulheres nos processos e práticas culturais.

A cerimónia decorreu no Cine-Teatro de S. Pedro do Sul, onde a Associação tem a sua sede social e contou com a presença de 15 grupos do Canto a Vozes, de Norte e Centro do país, com a presença de mais de uma centena de cantadeiras e alguns catadores, entre eles, as cantadeiras de Arões. 

Vale de Cambra esteve representado pelo Grupo “Terras de Arões” e a presidente Maria da Luz, que se congratulou por este momento. 

Há mais de duas décadas que o “Terras de Arões” tem preservado e dado a conhecer as cantadas, uma tradição que tem perdurado na freguesia de Arões, de geração em geração e que tem preservado a identidade da cultura aroense. A coletividade tem também feito um trabalho de recolha e pesquisas que tem ajudado a dar continuidade à tradição. 

Esta é uma homenagem ao papel da mulher na preservação das práticas culturais, nomeadamente na prática agrária tradicional da freguesia, explica a responsável ao Voz de Cambra, aquando da cerimónia. 

Presente na cerimónia, estiveram os autarcas e representantes dos vários municípios. Vale de Cambra esteve representado pelo vereador da Câmara Municipal, José Alexandre Pinho, que salientou a importância desta inscrição na lista nacional do Património Cultural Imaterial.

“Este é mais um passo para não se deixar perder o património etnográfico e as tradições da freguesia de Arões, mas também do concelho de Vale de Cambra”, refere.

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