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O Natal das regiões

Estamos em mais uma quadra de Natal! E como é habitual, o nosso vocabulário fica mais cheio de igualdade, partilha e prendas!

E sim, era bom que houvesse, no mínimo, menos desigualdade! 

A desigualdade no nosso país começa logo na base. Se a diferença de riqueza entre regiões é enorme, a diferença de oportunidades entre as suas populações será igualmente enorme. 

As regiões mais ricas têm obviamente a maior oferta de empregos e os melhores salários, oferta de cuidados de saúde, educação, cultura, entre outros… 

A riqueza de uns atrai a necessidade dos outros e assim temos regiões cada vez mais desertas e outras vão ficando sobrelotadas…o que não é nem racional, nem saudável! 

Uma ótima prenda de Natal seria o país pensar seriamente na regionalização! 

Penso que só uma regionalização bem pensada e elaborada poderia reverter a tendência de crescimento excessivo de umas regiões em troca do desaparecimento de outras. 

O poder centralizado já demonstrou nas últimas quatro décadas, que não tem visão, vontade ou capacidade para acabar com esta doença que vai definhando mais de metade do território nacional! Não somos assim tão grandes para nos permitirmos continuar neste caminho. 

Dividir o país em regiões autónomas, taxar as regiões mais ricas a favor das mais pobres, num esforço partilhado de convergência, deixarmos governar quem realmente conhece o potencial da região, será a única e última esperança de se ter um Portugal mais igual e melhor aproveitado. Quanto potencial já se terá desperdiçado com o centralismo? 

Há que ter a coragem de mudar o rumo e experimentar novas soluções…

Um Feliz Natal.

Abraço amigo. 

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