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Cristina Azevedo: “Vale de Cambra é uma das mais pujantes bandeiras da Revolução de Abril”

Cristina Azevedo foi convidada pela Assembleia Municipal de Vale de Cambra, para falar sobre “O 25 de Abril e os novos desafios da humanidade”, no dia em que Portugal comemora 48 anos da Revolução dos Cravos. 

A antiga vice-presidente da CCDR-N defendeu que o 25 de Abril não é de ninguém, mas de todos, dos que o viveram e dos que lhe respeitam o espírito”. 

Cristina Azevedo considerou que Vale de Cambra é um dos concelhos mais “pujantes” da bandeira da Revolução de Abril, especialmente pela “bravura” dos seus empresários. 

“Terra de empreendedores, exponente de um dos setores mais avançados e mais competitivos do nosso tecido empresarial, assumiu ao longo deste quase meio século um caminho de progressivo aperfeiçoamento e de uma dura resiliência”, revelou.

A oradora salientou ainda o “importante” papel do setor metalúrgico e metalomecânica na região e no concelho. 

“Esta região, cujo epicentro para o setor é Vale de Cambra, é responsável isoladamente por 8% do total das exportações do setor metalúrgico e metalomecânica, apesar de concentrar somente 3%  do tecido empresarial e 7% de capital humano”, afirmou.   

Cristina Azevedo depreendeu daqui que, as empresas de metalomecânica desta região são “altamente produtivas e inovadoras”.  

“Foi e é este ADN empresarial que se formou nesta terra, o acelerador de todas as outras partículas que Abril pôs em imersão”. 

A oradora sublinha, no entanto, que a região tem ainda um desafio, o de aliar a formação às necessidades empresariais da região.

“É preciso uma oferta formativa completa em linha com as verdadeiras necessidades da sua especialização produtiva”, argumenta. 

Para a antiga vice-presidente da CCDR-N, há ainda um outro desafio, desta vez, para o interior do país e que tem condicionado a liberdade de desenvolvimento, que é a luta pela descentralização. 

Segundo a mesma, cabe também ao poder local reclamar o processo de descentralização e reivindicar melhores condições, nomeadamente no que diz respeito às diferenças do nível de vida entre o interior e o litoral e entre as pequenas e grandes cidades, de forma a reequilibrar o país.  

“Vale de Cambra, fazendo parte da Area Metropolitana do porto e sendo  um território industrializado e moderno, não deixa de ter dentro das sua fronteiras, uma faixa territorial de baixa densidade e, por isso, está numa posição privilegiada para compreender o alcance desta luta”, declarou.  

Ao presidente da Câmara de Vale de Cambra, Cristina Azevedo apela a que seja mais uma voz nesta reivindicação. 

“Junte a sua voz para lutar por um modelo de gestão, que reorganize os vários níveis do estado colmatando a ausência da escala regional que hoje nos inibe de inscrever e garantir as prioridades para o desenvolvimento da nossa região”, concluiu. 

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