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Greve de professores e funcionários volta a encerrar Escolas em Vale de Cambra

O Agrupamento de Escolas de Búzio anunciou esta sexta-feira que as escolas das Dairas e de Búzio, estarão encerradas devido à greve dos professores e funcionários contra a proposta do Orçamento do Estado para 2023.

“Por motivos de Greve, pessoal docente e não docente, não há atividades letivas na Escola Básica das Dairas e na Escola Básica e Secundária de Búzio, no dia 06/01/2023” anuncia esta sexta-feira o site do Agrupamento de Escolas de Búzio, em Vale de Cambra e um cartaz colado no portão da Escola Sede do Agrupamento.

O segundo período do ano letivo de 2022/2023 começa como terminou o primeiro, envolto num clima de contestação, com greves, protestos e vigílias por todo o país. 

O Sindicato de Todos os Professora (STOP) retomou esta terça-feira a greve por tempo indeterminado que decorre desde 9 de dezembro e levou ao encerramento pontual de várias escolas nos últimos dias do primeiro período.

Na semana de dias 13 e 16 de dezembro, os professores das escolas do concelho também aderiram à greve nacional, atingindo centenas de alunos e levando mesmo a GNR a intervir para abrir os cadeados colocados nos portões da Escola Sede de Vale de Cambra. 

Este sindicato entregou pré-avisos de greve até ao final do mês de janeiro, que alargou também aos trabalhadores não docentes.

Já nesta terça-feira, primeiro dia da semana de aulas do 2.º período começou com greve ao primeiro tempo, convocada pelo SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores.

Até ao momento, ainda não foi possível entrar em contacto com o Agrupamento de Escolas de Búzio, mas, ao que conseguimos apurar, durante esta semana, houve docentes a fazerem greve em diferentes momentos, consoante o seu horário, ao contrário de hoje que as escolas fecharam e não haverá aulas.

A ação visa obrigar o Ministério das Educação a recuar nas propostas que apresentou aos professores, refere em comunicado o SIPE. 

“Nunca aceitaremos a contratação direta pelas escolas, a vinculação direta em quadros de agrupamento (QA) pelos agrupamentos, nem colocação na mobilidade interna através da análise do perfil de competências feito por um conselho de diretores”, sublinhou Júlia Azevedo, presidente do SIPE.

O sindicato apela à convergência de todos, sócios e não sócios, na luta contra as políticas educativas do Governo e tem vindo a realizar reuniões com os partidos políticos com assento parlamentar e com as confederações de pais e ainda realizado sessões de esclarecimento a professores e educadores.  

Além do recuo às alterações propostas pelo Ministério da Educação, o SIPE exige ainda a abertura de vários processos negociais com a tutela para exigir a extinção das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões com efeitos retroativos, a recuperação integral do tempo de serviço, a redução da componente letiva por idade igual em todos os níveis de ensino revertendo para a componente individual de trabalho, a alteração ao regime da mobilidade por doença, o fim da precariedade na contratação com vinculação automática ao fim de três anos de serviço e a reposição da perda salarial, entre outras.

Já a Fenprof – Federação Nacional de Professores decidiu retomar as greves ao sobretrabalho e às horas extraordinárias, que tinham sido iniciadas em 24 de outubro e promoveu esta terça-feira, uma concentração junto ao Ministério da Educação, mas promete endurecer a luta a partir de 10 de janeiro se até lá não houver respostas. 

Segue-se uma greve nacional por distritos, com início em Lisboa a 16 de janeiro, prolongando-se até 8 de fevereiro. Para 11 de fevereiro está marcada uma manifestação nacional em defesa da profissão de professor e novas datas serão anunciadas para novas ações.

A Federação Nacional da Educação (FNE), que também realizou greve a 2 de novembro, tem negociado com o Governo, a quem pede respostas que permitam valorizar a educação e os seus profissionais.

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