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Pandemia veio trazer mudanças na comunidade cristã

Em declarações ao Voz de Cambra, o pároco da paróquia de Vila Chã, José Araújo revela que a pandemia provocada pela covid-19, também veio “mexer com a vida de todos nós e da comunidade cristã”.

“Tudo mudou e nada será como dantes. Não sabemos como vai evoluir, mas já mudou completamente a nossa vida, os nossos hábitos e os nossos relacionamentos”, frisa. 

Mas também na comunidade cristã, e tempo de aprender a viver nesta nova realidade, lembra. 

“Quanto ao futuro, tudo é incerto, mesmo em relação à vida das comunidades cristãs, à forma de viver e celebrar a fé. Não sabemos o tempo que teremos de viver com estas limitações, com estes distanciamentos”, explica. 

A esperança que melhores dias virão serve de alento para o que aí vem, mas o pároco recorda as palavras do cardeal que disse recentemente que, “O coronavírus não é um castigo de Deus, porque Deus é amor, cheio de misericórdia e bondade, respeita a natureza e não se intromete na liberdade do homem”. 

José Araújo acrescenta que este vírus é um alerta e uma chamada de atenção para o homem.

“A vida frenética que a humanidade levava, o desrespeito pela natureza, a destruição dos ecossistemas e das espécies, conduziram a esta situação. Que se pode repetir no futuro e com mais frequência se a humanidade não parar para pensar”, conclui. 

Celebração da eucaristia restringida a 90 pessoas 

As Festas de Santo António, tiveram formas novas de assinalar e recordar a data e também elas se verificaram na eucaristia, explica o padre Araújo.

A celebração da eucaristia foi restrita a um número limitado de participantes, sendo reduzida a 90 lugares e com uma distância mínima exigida pela Direção Geral de Saúde (DGS). 

“Foi bem celebrada e vivida, com canto e com a presença das autoridades civis: presidentes da Assembleia e Câmara Municipal, vice presidente da Câmara Municipal, Junta de Freguesia, vereadora da Cultura e Bombeiros Voluntários”, afirma.  

“Não pudemos ter as representações de tantas e tantas associações, coletividades, entre outras, como era costume”, revela o pároco. 

O uso de máscaras foi obrigatório durante a celebração e, à entrada do Santuário, as pessoas foram acolhidas por uma equipa que os orientou na higienização das mãos.

Imagem de Sto. António percorreu ruas para assinalar Dia do padroeiro

Este ano, devido à pandemia de covid-19 e à proibição de existirem ajuntamentos e a paroquia de Vila Chã, organizou uma “procissão” diferente.

“Este ano foi diferente, como nunca pensamos que poderia ser. Nunca imaginámos que uma coisa destas podia acontecer. Como tantas outras celebrações e efemérides, tudo foi diferente. Desde logo pelas restrições e limitações que foram impostas, para bem da saúde de todos”, explica ao Voz de Cambra o pároco da paróquia de Vila Chã, José Araújo. 

Depois da celebração da Eucaristia em honra do padroeiro, no Santuário, o andor de Santo António percorreu, num carro dos Bombeiros de Vale de Cambra, algumas ruas da cidade.

“Como não podia haver a tradicional procissão, o andor de Santo António percorreu, num carro dos Bombeiros, algumas ruas da cidade. Foi um ato simbólico para assinalar o Dia de Santo António”, frisa. 

foram muitas as pessoas que aplaudiram a iniciativa, acompanhando a passagem à varanda ou à janela e outras nos passeios. 

As Festas do Município e de Santo António são realizadas, todos os anos, em Vale de cambra, através de manifestações culturais, artísticas, populares e religiosas. As marchas populares são o expoente máximo deste evento que, este ano, não pôde ser realizado devido às restrições relacionadas com a pandemia provocada pela covid-19.

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