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Margarida Negrais reune em “Gramática das imagens” poesia composta ao longo da vida 

Não se trata de uma estreia na poesia, porque, na realidade, ela sempre a acompanhou ao longo da vida. Margarida Negrais compilou em livro o que foi escrevendo durante anos e lançou, no dia 23 de setembro, a obra“A gramática das imagens”, um evento que teve lugar na Cooperativa Árvore, no Porto. 

“Para ganhar impulso para este gesto foi determinante a opinião de familiares e amigos próximos que me foram incentivando fortemente”, revelou a professora, escritora e poeta Margarida Negrais, em entrevista ao Voz de Cambra. 

“A Gramática das imagens”, com prefácio de José Carlos Seabra Pereira, foi apresentado pela professora Maria Luísa Malato e a sessão contou com as intervenções de Nassalete Miranda, do leitor de poesia Isaque Ferreira e da compositora interprete Fátima Neto. 

A presidir ao evento, esteve o ilustrador do livro, presidente do Conselho de Administração da Cooperativa José Emídio e, assistiu à cerimónia, o marido da autora, Levi Guerra, também ele ilustrador deste e de outros livros da autora. Levi Guerra é Professor Jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, médico, escritor e pintor.

Tal como outros livros que já escreveu, também este não tem um público alvo definido. “Faço-o sim conforme aquilo que em determinados momentos me move preferencialmente”, afirmou Margarida Negrais. 

A autora já escreveu vários livros, para o público infanto-juvenil; mas também um romance, que participa de um género híbrido, que se aproxima mais da biografia; e um livro em diálogo sobre o rim artificial (a diálise). 

Admite, que escrever histórias curtas, crónicas do quotidiano são aquelas para onde vai a sua tendência, o seu gosto pessoal e, quem sabe, um dia virá a fazer uma coletânea com alguns desses contos e publicá-la, revelou. 

Natural de Vale de Cambra, Margarida Negrais, escreve com regularidade crónicas no jornal Voz de Cambra e já escreveu em outras publicações regionais, entre as quais, é colaboradora do jornal cultural “As Artes entre as Letras”, do Porto.

À pergunta, o que ainda lhe falta explorar a nível de escrita, a autora responde que não tem nada pré-determinado, que aguarda “os sinais” e espera para ver onde a leva o caminho.

A valecambrense não sabe se virá apresentar a sua mais recente obra na sua terra natal, mas revela que “é sempre saboroso ir à nossa terra levar o fruto do nosso trabalho, porque o que quer que eu seja hoje, de alguma forma sou produto dela”, admitiu.

“As minhas raízes beberam e bebem ainda, apesar de alguma distância física, desse vale”, acrescentou. 

A edição “A Gramática das imagens” é de 100 exemplares, mas a autora lembrou que a editora “Letras e Coisas”, poderá vir a disponibilizar exemplares para o público de Vale de Cambra, se assim se proporcionar. 

Biografia 

Margarida Negrais começou por escrever os livros: “Histórias de Bichos” e “Mig, a formiga comodista”, para o público infando-juvenil; seguiu-se a participação nos livros: “O Museu e eu”, um projeto da Câmara do Porto; o livro “Contos do Vale”, editado pela Câmara de Vale de Cambra; o livro “Sem segredos”, uma ideia que partiu do Hospital Veterinário Montenegro, no Porto; foi co-autora com o professor Levi Guerra, do livro “O Rim Artificial – Uma História de Afetos”; o livro “Luzia – da Humanidade à Benemerência”, editado pela Santa Casa da Misericórdia do Porto, em parceria com o Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes; contou a história de Vale de Cambra em “o Vale, um bem de raiz” e, a mais recente obra, “A Gramatica das Imagens”. 

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