Facebook Instagram YouTube
    Facebook Instagram YouTube
    Voz de CambraVoz de Cambra
    Newsletter Assine já! Entrar
    • Reportagem
    • Entrevista
    • Foco
    • Atual
    • Desporto
    • Crónica
    • Exclusivo
    • Podcast
    • Publicidade
    • Voz de Cambra
    • Região
    Voz de CambraVoz de Cambra
    Crónica

    BREVE TRATADO SOBRE O FUTURO DE VALE DE CAMBRA – II

    Voz CambraBy Voz de CambraMarço 17, 2021Updated:Março 17, 2021Sem comentários4 Mins Read
    Fotografia estilizada de Tiago Fernandes
    Fotografia estilizada de Tiago Fernandes

    Escrever um Breve Tratado sobre o Futuro de Vale de Cambra implica sempre um exercício atento à realidade e características do nosso território e, naturalmente, a identificação de questões e áreas-chave para o mesmo. O exercício que se pretende fazer nesta crónica é identificar o principal problema de Vale de Cambra que, não sendo um exclusivo da nossa terra, tem um grande impacto na mesma e no seu futuro.

    O problema a que me refiro é, claro está, a DEMOGRAFIA. Se Vale de Cambra é um território pioneiro, capaz de criar e produzir os mais complexos produtos, deve tal às suas gentes, os cambrenses. Pensar o Futuro de uma terra implica, e mais ainda na nossa terra, assegurar que a mesma continua povoada por cambrenses, por este ADN de gente empreendedora, de trabalho e de valores. Uma análise aos vários concelhos do nosso país permite-nos tirar várias conclusões: a) este não é um problema exclusivo de Vale de Cambra, b) a existência de ensino superior não é uma garantia absoluta de crescimento populacional, c) a existência de oferta de emprego, que tanto caracteriza o nosso concelho, também não é suficiente para combater este flagelo. Destas três conclusões pretendo destacar a palavra flagelo, usada com a plena noção de que é disso que se trata. Ao longo dos últimos 20 anos, sucessivamente, temos assistido a um êxodo da nossa população, por razões várias, para fora de Vale de Cambra. Em 20 anos perdemos 3336 habitantes, uma quebra de 13% que, mostram os indicadores, não dá sinais de paragem.

    Mas queria também destacar que a quebra populacional que vivemos tem que ser combatida com um plano estratégico com objetivos a curto, médio e longo prazo. 

    Um plano onde situações como a criação de cursos técnicos e industriais, pensados e desenhados em conjunto com a indústria cambrense pode contribuir para reter população e captar população de outros territórios. O ponto que se pretende vincar, é que apenas com uma oferta formativa que cria valor acrescentado, independentemente de fornecer um grau académico universitário, é que conseguiremos posicionar o nosso território no campo formativo, isto é, mais que licenciaturas, oferecer boa formação técnica e empregabilidade adequadamente remunerada nas nossas empresas.
    Esta oferta formativa, pode facilmente ser desenhada e implementada, com um estudo às necessidades formativas das empresas da nossa região.

    O retorno assume várias formas:
    1.    Posiciona Vale de Cambra como um território atraente do ponto de vista formativo;

    2.    Garante às empresas acesso a mão de obra especializada;

    3.    Permite, no curto e médio prazo, estabilizar a perda de população pela vinda de novas pessoas para estudarem no nosso território;

    4.    Estimula o comércio local e o setor dos serviços, com a vinda de novas pessoas;

    5.    Promove a criação de políticas de apoio ao arrendamento acessível.

    Mas, se a oferta formativa pode ser uma medida de combate no curto e médio prazo, a mesma precisa de ser acompanhada de outras medidas, em áreas que se entrelaçam com a questão da demografia. 
    Ao longo dos próximos meses abordarei os temas que considero mais vitais para o território e que se entrelaçam neste problema maior que Vale de Cambra enfrenta, a destruição do seu bem mais precioso, os cambrenses. 

    Ter a noção do quão grave é este problema, exige também que se indiquem caminhos e se deem contributos para o combater. Mas o facto de este ser um problema global não pode ser uma escapatória para o ignorarmos. A nível nacional, encontramos verdadeiros casos de estudo, de territórios como o nosso, inseridos em áreas metropolitanas, que crescem de forma extraordinária, dando o exemplo de Sobral de Monte Agraço e de Mafra a 50km de uma grande cidade, Lisboa, cresceu nos últimos 17 anos, respetivamente, 26% e 53%.

    O grande desafio que se coloca a Vale de Cambra é saber posicionar-se no seu território como um concelho diferenciador, criador de valor acrescentado, e com um conjunto de serviços e políticas públicas favoráveis à vinda de novas pessoas para a nossa terra. Mas também, para aqueles que resilientemente não deixam Vale de Cambra, deve a nossa terra ser capaz de criar condições e estímulos para essa permanência. Para registo fica, uma vez mais, o número 3336. O número de cambrenses que já não estão em Vale de Cambra.

    — Tiago Fernandes
    Jurista

    Share and Enjoy !

    Shares
    1065 Arco da Velha crónica cronista setembro Tiago Fernandes

    Veja também

    Tiago Fernandes: “Ter uma opinião diferente não é ser do contra, é simplesmente ver o problema de outra perspetiva”

    Setembro 3, 2025

    Um ex-voto a Santo António

    Junho 17, 2024

    Santo da Casa ou Santo do Mundo?

    Julho 4, 2024

    Leave A Reply Cancel Reply

    Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.

    Facebook Instagram YouTube
    • Política de privacidade
    • Ficha técnica
    © 2025 ThemeSphere. Designed by ThemeSphere.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.

    Share

    Blogger
    Bluesky
    Delicious
    Digg
    Email
    Facebook
    Facebook messenger
    Flipboard
    Google
    Hacker News
    Line
    LinkedIn
    Mastodon
    Mix
    Odnoklassniki
    PDF
    Pinterest
    Pocket
    Print
    Reddit
    Renren
    Short link
    SMS
    Skype
    Telegram
    Tumblr
    Twitter
    VKontakte
    wechat
    Weibo
    WhatsApp
    X
    Xing
    Yahoo! Mail

    Copy short link

    Copy link