O primeiro-ministro António Costa anunciou hoje que os alunos até ao 9.º ano terão ensino à distância durante todo o terceiro período. O Governo quer que aulas presenciais do 11.º e 12.º anos, iniciem só quando houver segurança, o calendário de exames foi alterado no ensino secundário e ano letivo pode ir até 26 de junho.
António Costa disse hoje que, no ensino básico (1.º ao 9.º ano), haverá ensino à distância até ao final do ano letivo e que esta medida também abrange o 10.º ano. Não haverá exames no 9.º ano, nem provas de aferição, disse ainda o chefe do Governo.
No ensino básico, a avaliação do 3º período será feita em cada escola pelos professores que “vão ter em conta o percurso educativo dos alunos”.
O ensino à distância será feito com o apoio da telescola que arranca no dia 20 de abril, no canal RTP Memória: “Vamos ter atividades letivas todos os dias úteis da semana, de manhã até ao final da tarde, por blocos, do 1.º aos 9.º anos”.
No ensino secundário, o primeiro-ministro admite aulas presenciais, mas a decisão ainda não está tomada. por causa da pandemia de Covid-19.
“Hoje, ainda não é possível tomar essa decisão e iremos continuar a acompanhar a evolução da situação para podemos confirmar, se e quando, se iniciarão, em segurança, as aulas presenciais do 11.º e 12.º anos”, disse António Costa.
O calendário de exames do 11.º e do 12.º anos foi adiado, sendo que, a primeira fase decorrerá entre 6 e 23 de julho e a segunda fase entre 1 e 7 de setembro. Assim sendo, a atividade letiva pode estender-se até 26 de junho, revelou o primeiro-ministro.
Relativamente às aulas presenciais, só haverá para as 22 disciplinas que são sujeitas a exame específico para o acesso ao ensino superior, sendo que as restantes disciplinas deverão ser ministradas à distância.
Os docentes e trabalhadores não docentes que integrem algum grupo de risco devem ser dispensados do serviço letivo presencial.
Os alunos só realizarão os exames de que necessitam para o acesso ao ensino superior, segundo António Costa revelou.
Relativamente à educação pré-escolar, o primeiro-ministro disse que é ainda prematuro definir um prazo seguro para a sua reabertura.
Em relação ao acesso ao Ensino Superior, o calendário será alterado, sendo adiado mais do que uma semana, mas esta alteração terá ainda de ser feita pela Direção-Geral do Ensino Superior, reforçou.
As aulas do Ensino Superior, não podem ser retomadas de forma presencial enquanto houver estado de emergência e, depois disso, caberá a cada universidade decidir.