Em declarações ao Voz de Cambra, o líder da concelhia do CDS-PP de Vale de Cambra, partido que foi a eleições em coligação com o PPD/PSD e o PPM, Pedro Magalhães, considera os resultados no concelho “claramente positivos”, ao contrário do que aconteceu a nível distrital e nacional, que “ficaram aquém das expectativas”, provocando um hipotético cenário de instabilidade governativa.
Cristina Maria Santos
O líder concelhio do CDS-PP local, mostra-se satisfeito com os resultados obtidos no concelho, considerando-os “claramente positivos”, vencendo por larga margem em todas as freguesias. “Pegando nas palavras do líder do CDS-PP, Nuno Melo, o CDS é a direita que soma e que contribuiu que esta coligação de centro-direita, após duas derrotas em legislativas para o PS, conseguisse ser a força política mais votada, tanto no concelho como no país” afirmou Pedro Magalhães ao Voz de Cambra.
Pedro Magalhães salientou a “união” que houve entre os partidos CDS e PSD em Vale de Cambra, que se traduziu nos “bons resultados” obtidos no concelho. “Houve um excelente ambiente, espírito de equipa e ambos colocaram os interesses do país acima dos interesses das comissões políticas locais. Aproveito para agradecer o papel desempenhado pelo diretor da campanha, Carlos Nuno Pinho, o mandatário Sérgio Soares e o diretor de campanha adjunto José Alexandre Pinho”.
Relativamente ao cenário distrital, Pedro Magalhães – que também fazia parte da lista do círculo por Aveiro, mas que não foi eleito deputado – considerou que a AD teve “um fraco resultado”. Apesar de ter conseguido eleger sete deputados, o presidente da concelhia do CDS esperava muito mais no distrito.
Os resultados no país também não foram os pretendidos pela coligação, uma vez que, depois de uma noite eleitoral renhida, ainda paira no ar a incerteza. O líder da concelhia, disse que se vivem momentos de instabilidade e fala de cenários de governabilidade, “num período em que é importante para o país que se crie condições de estabilidade, que permita implementar a estratégia de crescimento plasmada no programa eleitoral da Aliança Democrática”, frisou.
“Por um lado, o PS já reconheceu a derrota e assumiu-se como força da oposição e a esquerda não tem quaisquer hipóteses de reeditar a “geringonça””, sublinhou.
A Aliança Democrática espera que Luís Montenegro seja indigitado primeiro-ministro, a Iniciativa Liberal e o Chega mostraram-se disponíveis para integrar uma solução, embora esta última hipótese tenha sido, desde a primeira hora, claramente descartada por Luís Montenegro.
Pedro Magalhães lembrou, no entanto, que esta diferença reduzida de votos entre a AD e PS poderá ainda ser ajustada com o anúncio dos deputados eleitos pelo círculo da emigração da Europa e do resto do mundo, mas reforçou, que “não deverá alterar, à partida, o vencedor da noite eleitoral, que foi a Aliança Democrática e Luís Montenegro”, concluiu.