Face às últimas notícias da interrupção do ano letivo por 15 dias, o Voz de Cambra pediu ao diretor do Agrupamento de Escolas do Búzio, Pedro Martins uma reação à decisão do Governo.
Pedro Martins diz que foi apanhado de surpresa e que estava à espera da decisão da interrupção do ano letivo, mas não de que não houvesse aulas à distância.
“Já não havia argumentos para que não fossem fechadas as escolas, mas estávamos todos à espera que fosse como em março e que os alunos continuassem a aprender, é certo que não a 100%, mas pelo menos a metade”, salienta.
“Estes 15 dias, nunca serão 15 dias porque se vão prolongar e teremos o ano perdido. E como vai ser com aqueles alunos que têm exames nacionais em julho…vão ter aulas em agosto?”, questiona o responsável.
O diretor reconhece que os professores já estavam preparados, “apesar dos elevados desafios que se impõem”, a dar aulas online e considera que esta seria uma solução mais eficaz para os alunos.
Pedro Martins garante que hoje o Agrupamento tem melhores condições para chegar aos alunos através do ensino à distância.
O responsável pelo único agrupamento de escolas de Vale de Cambra lembra que a forma como as escolas do concelho responderam aos tempos de mudança a que foram obrigadas em março, ajudou a comunidade educativa, que reinventou os processos de aprendizagem à distância.
“A escola estava perfeitamente preparada para o ensino à distância. Estávamos a distribuir 50 portáteis pelos alunos dos escalões A e B que fazem parte do plano digital do Ministério da Educação e 20 webcams, oferecidas pela Câmara que distribuímos pelas salas de aulas para que os professores pudessem dar aulas online, entre outras medidas”, explicou ainda.