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    A importância do projeto cultural das cidades

    Ricardo BastosBy Ricardo BastosMarço 17, 2021Updated:Março 17, 2021Sem comentários4 Mins Read
    Fotografia estilizada de Bruno Silva
    Fotografia estilizada de Bruno Silva

    Definir cultura sempre foi e sempre será uma missão demasiado ousada para um ser singular, principalmente porque Cultura é um conceito plural e que, portanto, varia consoante a propriedade de cada um perante a mesma, pelo que não irei tentar defini-la neste espaço. No entanto, sinto-me suficientemente confortável para dizer várias coisas sobre a Cultura, nomeadamente que ela abrange todas as atividades que ajudam os grupos de pessoas, as sociedades ou mesmo as civilizações a se identificarem com o sítio onde estão, dando-lhes um sentimento de pertença e criando a tão famosa identidade cultural. Tendo esta que ter necessariamente uma capacidade transformadora e agregadora, fazendo-nos pensar sobre nós, os nossos e o nosso contexto, despontando com isto um positivo sentido crítico nas pessoas. Pode a Cultura ser vista também de uma forma mais conceptual, sendo esta derivada das palavras em latim colere e culturae, onde no primeiro caso se refere à ação de cultivar, cuidar e crescer (as plantações); e de tratar ou cultivar a mente e os conhecimentos no segundo caso. Rapidamente podemos perceber a analogia criada entre o cuidado com a plantação e o desenvolvimento das capacidades intelectuais e educativas das pessoas. 

    Podemos perceber então com estas afirmações que a cultura é mais do que aquilo a que normalmente associamos, e, portanto, desempenha um papel fundamental nas fundações e nas definições das sociedades. Daí defender que os projetos culturais são tão importantes como por exemplo os projetos educativos e que têm que ser desenvolvidos a nível nacional, mas também a nível local nas várias regiões ou concelhos, para que se adaptem às circunstâncias do mesmo. E Vale de Cambra não pode ser uma exceção, sendo fundamental começar a pensar qual o projeto cultural que se quer para a cidade. Escusado será dizer que a iniciativa deveria de partir das autarquias e das pessoas responsáveis pelos pelouros culturais, que têm que ter a capacidade e o conhecimento da importância desse projeto, de como o desenvolver e de como o sustentar, sempre obviamente com o apoio das associações culturais e das pessoas singulares da área da cultura. Para que o projeto seja de sucesso e para isso tem que ser projetado a vários anos, acho importante que este seja suprapartidário, ou seja, gerido, pensado e coordenado por pessoas, associações ou gabinetes fora do poder político para que sobreviva a eventuais e inevitáveis trocas nos vários mandatos das câmaras.

    Não irei abordar de forma muito específica nesta rubrica o que eu defino como um bom projeto cultural ou aquilo que será um bom projeto cultural para a nossa cidade, primeiro porque não existe uma verdade absoluta de como o fazer e segundo porque esta rubrica já está demasiado extensa. Mas talvez o faça numa próxima oportunidade. No entanto, posso deixar algumas reflexões muito resumidas daquilo que podem ser bons pensamentos de um projeto cultural e vice-versa. Um bom projeto cultural não pode ser caracterizado por um punhado de atividades soltas sem um fim maior, que se tornam repetições de si mesmas e que servem somente para entreter as pessoas. Não pode ser marcado em primeira instância pela construção de edifícios com fachadas bonitas e impetuosas, mas completamente vazio por dentro de um propósito cultural. Mas sim suportado pela preocupação de integrar num modelo simbiótico as mais valias culturais da cidade, sejam elas associações ou pessoas singulares. Suportado por uma finalidade maior do que o habitual retorno financeiro, tendo este que ser substituído por atividades que proporcionem resultados transformadores e agregadores na sociedade e atividades que façam com que as pessoas se sintam ligadas ao local e que se sintam parte do mesmo e que não sejam apenas profissões desta cidade tão industrializada. 

    Exatamente sobre o que Saramago reflete no seu livro A Caverna, onde recupera a alegoria da caverna de Platão para discutir sobre uma sociedade onde as pessoas se tornam apenas profissões, ou seja, apenas sombra.

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    Bruno Silva crónica cronista Edição 1070 fevereiro 2021

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