A comissão política do PSD de Vale de Cambra vai eleger os novos órgãos no dia 4 de dezembro, depois do “pior resultado eleitoral do partido no concelho” nas últimas autárquicas.
O PSD, tentou recuperar a Câmara de Vale de Cambra através da candidatura liderada por Frederico Martins “A mudança somos nós”, que alcançou 14,65 por cento, menos 647 votos do que 2017, passando a ser a terceira força política mais votada no concelho, elegendo um vereador, à semelhança do anterior mandato.
Este foi considerado, “o pior resultado eleitoral do partido no concelho”, que resultou na demissão, na última sexta-feira, da maioria dos elementos da comissão política.
A gestão administrativa do PSD ficou a cargo do presidente da assembleia geral, Anibal Vide que, em plenário, convoca eleições para os novos órgãos da comissão política, para dia 4 de dezembro.
Em declarações ao Voz de Cambra, o ex-líder João Carvalho Silva, afirma que se demitiu publicamente no dia das eleições autárquicas e revela que não será candidato à presidência da comissão política.
“Demiti-me a 26 de setembro nas redes sociais oficiais e esperei que o presidente da mesa desse tempo à estrutura para se reorganizar e depois convocasse eleições para o partido. Coerente com o que escrevi na minha página pessoal anteriormente, assumo, mais uma vez, que não sou candidato à presidência da comissão política do partido. Não sou candidato porque, depois do desastre eleitoral, o partido precisa de renovar. Acredito que há pessoas válidas, jovens, que podem liderar o PSD no próximo mandato. Estarei como sempre a servir o meu partido e a servir as pessoas na Assembleia Municipal, local para o qual os valecambrenses me elegeram para os defender”, adianta.
O presidente da mesa da assembleia, Aníbal Vide diz que esperava a demissão formal do líder concelhio, o que, segundo o mesmo “não veio a acontecer”, daí ter aceitado a demissão dos restantes membros.
“Depois do presidente da concelhia ter assumido a intenção de se demitir logo no dia 26 de setembro, esperámos que a mesma desse entrada junto da mesa do plenário, mas ficou apenas pela intenção da demissão. De acordo com os estatutos, havia duas hipóteses: ou o presidente, vice-presidente e tesoureiro se demitiam e caía o órgão, ou a maioria dos elementos da comissão política se demitia, como veio a acontecer”, explica.
Na base da demissão da maioria dos elementos sociais-democratas estiveram os resultados eleitorais e o desacordo com a orientação do ex-líder partidário.
“A justificação para estas demissões prende-se com a insatisfação da forma como todo o processo político foi liderado neste último ano e também por todo o processo eleitoral que foi tratado”, refere o mesmo.
Anibal Vide diz que, a partir de agora, o partido deve pensar no futuro do PSD e de Vale de Cambra.
“A ação política do PSD deve continuar a analisar os erros cometidos e unir-se em torno dos seus militantes e de um projeto para o futuro de Vale de Cambra”, conclui.
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