Terminaram as férias escolares, impostas pela pandemia da Covid-19 e esta segunda-feira deu-se o regresso às aulas, mas à distância de cerca de 2700 alunos do Agrupamento de Escolas do Búzio, em Vale de Cambra.
As aulas estão interrompidas desde o dia 22 de janeiro e foram retomadas online esta segunda-feira, dia 8 de fevereiro.
O primeiro dia de aulas online foi “calmo”, revelou o diretor do único Agrupamento Escolar de Vale de Cambra.
“O primeiro dia de ensino à distância decorreu muito bem”, avalia Pedro Martins. “Temos a experiência do anterior confinamento, o que nos permitiu preparar as coisas para podermos trabalhar muito melhor hoje”, acrescenta.
Uns com mais outros com menos dificuldades, os cerca de 2700 alunos de Vale de Cambra voltaram às aulas online por tempo indeterminado.
À semelhança do que acontece um pouco por todo o país, ainda há estudantes que não têm um computador próprio para poder acompanhar as próximas semanas de aulas à distância, mas o Agrupamento de Escolas do Búzio, em parceria com a autarquia de Vale de Cambra garantem estar a reunir esforços para distribuir equipamentos informáticos e acessos à internet aos alunos mais necessitados.
O Agrupamento aguarda pela chegada do equipamento que o Governo anunciou comprar para as escolas de todo o país, para além do financiamento do programa Portugal 2020, para que também as autarquias possam comprar equipamentos informáticos.
“Para além do material informático que já foi distribuído pelos alunos, aguardamos que a promessa do Governo seja cumprida”, explica.
Mesmo assim, Pedro Martins garante que todos os alunos tiveram hoje em contacto online com os professores e que “muitos poucos” não reunem as condições ideais para assistir às aulas à distância.
“Alguns alunos ainda não têm computador, mas conseguiram entrar em video-chamada por whatsapp e todos eles conseguiram comunicar com os professores”, reforça. “Alguns destes estudantes estiveram presencialmente na escola neste primeiro dia de ensino à distância pela falta de condições para acompanhar as aulas online em casa e conseguiram acompanhar as aulas”, acrescenta.
Esta primeira semana servirá também para novo levantamento das necessidades de cada um, com os pedidos de equipamentos a serem feitos pelos encarregados de educação aos professores das escolas, tal como no primeiro confinamento.
Os professores estão preparados para o regresso ao ensino à distância, reconheceu o diretor.
“Os professores aprenderam a gerir melhor a dinâmica das sessões síncronas, desde o primeiro confinamento”, refere.
Pedro Martins lembra que os desafios que se impõem a professores e alunos continuam a existir, mas que dadas as circunstâncias, o Agrupamento está a conseguir gerir esta situação sem precedentes.
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Já se sabe que férias de Carnaval não vão existir e na Páscoa as férias são apenas de 29 de março a 5 de abril.
Recorde-se que o novo estado de emergência será até ao próximo dia 14 de fevereiro.