O próximo presidente da Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro fez este domingo um discurso de missão cumprida e de olhos postos na continuidade da estratégia delineada nos últimos dois mandatos.
José Pinheiro juntou-se este domingo aos centristas valecambrenses, na praça comendador Álvaro Pinho da Costa Leite para dizer algumas palavras de avaliação dos resultados eleitorais que lhe deram a maioria absoluta.
O próximo presidente da Câmara de Vale de Cambra (CDS-PP) usou a expressão “reconhecimento” e apontou a noite eleitoral como um sinal de confiança dos valecambrenses para dar continuidade ao projeto que tem para o concelho.
Em declarações ao Voz de Cambra (VC), José Pinheiro admitiu que estava a contar com uma vitória e que tinha a expectativa de renovar a maioria, que tinha conquistado há quatro anos.
“Num processo eleitoral é sempre imprevisível, mas acreditava que os valecambrenses nos iriam confiar a maioria. Procurámos fazer um trabalho sério e de proximidade e fazer um investimento em todo o concelho e isso foi hoje reconhecido pelos valecambrenses”, referiu.
A Câmara de Vale de Cambra é presidida há dois mandatos por José Pinheiro, que segue agora para o terceiro e último mandato. O autarca disse que, muito há ainda a fazer, nestes próximos anos, mas assegura que a marca que pretende deixar da sua governação é a de “proximidade com as pessoas”.
“Um mandato é feito pelo somatório de muitas coisas. Alguns autarcas querem ter uma marca faraónica, um expoente da arquitetura. Eu pretendo deixar uma marca transversal à nossa sociedade. Quero que que as pessoas me recordem como uma pessoa que desenvolve um serviço de proximidade”, revelou ao VC.
Para além disso, gostaria de juntar a esta marca algumas obras identitárias que fiquem para a prosperidade.
“O centro de artes e espetáculos de Vale de Cambra é uma obra que gostaria de deixar para os valecambrenses, mas também, por exemplo, a ligação do Parque da Cidade à Praia Fluvial de Burgães, uma obra usada pelas pessoas”, explicou.
José Pinheiro recordou ainda os dois últimos anos de pandemia como um misto de emoções.
“É um misto de dever cumprido com um misto de preocupação com o isolamento das populações. Durante este tempo, não houve atividades que os fizesse sair de casa. Foram dois anos de proximidade, mas também de afastamento para com estas pessoas. Tentamos ser o mais próximo possível das instituições, mas distantes das pessoas, por estarem confinadas. Há aqui um trabalho a fazer com os idosos que ficaram ainda mais isolados”, especificou.
Em 2013, José Pinheiro tomou posse para o primeiro mandato à frente dos destinos da autarquia, pondo fim à governação de duas décadas do PSD.
Para além da presidência, o CDS-PP conseguiu, à semelhança das anteriores autárquicas, com José Pinheiro, conquistar a maioria absoluta no executivo, ocupando cinco dos sete lugares disponíveis.
A eleição dos cinco vereadores (José Pinheiro, António Alberto Gomes, Mónica Seixas, José Alexandre Pinho e André Silva), para este executivo vai permitir desenvolver as propostas que o partido propôs para este mandato e José Pinheiro está confiante no trabalho de equipa.
“São pessoas de trabalho, que percebam os desafios que são colocados, que sabem ouvir as pessoas, acarinhá-las”, sublinhou.
Tal como em 2017, o CDS conquistou, também com maioria absoluta, seis das sete freguesias do concelho, para quem o autarca vai direcionar todos os esforços, em parceria com os presidentes de junta de Arões (Arménio Lige), de Junqueira (Henrique Pereira), de Cepelos (Nelson Almeida), de S. Pedro de Castelões (Sérgio Soares), de Rôge (António Costa), e da União de Freguesias (Manuel Campos).