“Apelo a todas as pessoas que possam dar sangue para salvar a vida do meu irmão”. Este é o apelo de Serafim Tavares, irmão de Jorge Tavares, de 47 anos que necessita de um transplante de medula óssea, decisivo para a sua estabilidade.
“Tudo aconteceu muito rápido”, revela o irmão de Jorge Tavares, ao Voz de Cambra.
A 4 de fevereiro, Jorge Tavares, de 47 anos, natural de Vila Cova de Perrinho, começou a sentir-se cansado. Durante o fim de semana, a fraqueza começou a agravar-se e, na segunda feira a seguir, foi fazer o teste à covid-19 para perceber se estaria infectado. Deu negativo. Na terça-feira, enquanto trabalhava, teve uma hemorragia nasal que teimava em não parar.
Na quarta-feira, passou pelo centro de saúde de S. João da Madeira, depois pelo hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, sendo encaminhado para o hospital de S. António, no Porto.
Foi aqui, na secção de hematologia, que lhe foi diagnosticada uma leucemia linfoblastica aguda, uma doença com risco à vida, na qual as células que normalmente se convertem em linfócitos se tornam cancerosas e substituem rapidamente as células normais da medula óssea.
Hoje, 17 de fevereiro, está a fazer a sexta sessão diária de quimioterapia, procedimento que tem de repetir de 12 em 12 horas, para destruir as células malignas, para depois ficar em condições de receber as células transplantadas, “de forma a produzir células sanguíneas saudáveis”, explica a página da Associação Portuguesa contra a Leucemia, relativamente à doença.
Para um transplante de medula óssea, Jorge Tavares necessita de um dador compatível, uma vez que o único irmão que tem não o pode ser.
“O ideal é um doador irmão, mas infelizmente eu não posso ser porque também tenho uma doença oncológica, ainda que, de momento, estável”, lamenta Serafim Tavares.
Sendo só este o irmão que tem, as hipóteses de lhe ser doada a medula vêm de qualquer pessoa que possa doar sangue e que, porventura, possa ser compatível.
Por isso, o irmão faz um apelo sentido a que todas as pessoas que possam fazê-lo, se informem e se inscrevam no site: https://www.apcl.pt/pt/informacoes/seja-dador-de-medula.
Para quem ainda tem dúvidas, os dadores apenas têm de dar uma amostra de sangue que é posteriormente analisada para averiguar se a medula é compatível com algum dos doentes que aguardam por um transplante deste material.
Os dadores podem inscrever-se numa das três unidades do Centro de Sangue e daTransplantação – CEDACE que funcionam em Lisboa, Coimbra e no Porto.
“Mesmo que não seja compatível com o meu irmão, poderá vir a sê-lo com outras pessoas que vão agradecer, porque lhe salvaram a vida”, reforça Serafim Tavares.
O valecambrense Jorge Tavares precisa da ajuda de todos, para conseguir ultrapassar esta doença, que lhe está a roubar o tempo com a sua família (esposa e dois filhos).