A Fundação Luiz Bernardo de Almeida (FLBA) foi a instituição mais afetada com a pandemia covid-19 no concelho de Vale de Cambra. Apesar de ter passado pela tragédia de perder 11 dos seus 80 utentes e ainda ter 2 positivos, vê agora recuperar 56 deles e tenta reerguer-se lentamente.
Dos 80 utentes do lar que a instituição acolhia no início da pandemia, 70 foram infetados com a doença do coronavírus, 10 testaram sempre negativo. Dos 70 infetados, 10 foram vítimas mortais da covid-19, e um faleceu por morte natural. No momento 56 já se encontram recuperados e 2 ainda se mantêm positivos.
Dos funcionários da Fundação, 2 mantêm-se positivos, 61 deram negativo ao teste da covid-19 e 23 colaboradores já se encontram recuperados.
Em declarações ao Voz de Cambra, o diretor, José Carlos Coelho lembra que a Instituição de Solidariedade Social (IPSS) passou por momentos difíceis, mas que está a recuperar lentamente.
“Estou convicto de que, dentro de uma semana, temos todos os utentes e colaboradores recuperados”, prevê.
O responsável revela ainda que, com a recuperação da maior parte dos seus funcionários, é agora possível voltar à normalidade no funcionamento da instituição.
“Os colaboradores recuperados estão já a trabalhar e sempre prontos para ajudar no que for necessário”, afirma.
Instituição fez, até ao momento, perto de 400 testes à covid-19
Entre os primeiros testes que a FLBA começou a fazer com fundos e iniciativa própria, aos funcionários, logo no início da pandemia e, posteriormente a utentes e restantes funcionários – até ao momento, já foram realizados perto de 400 testes à covid-19 na instituição Valecambrense, confirma o diretor.
“Todos os colaboradores ao serviço fizeram teste à covid-19. Alguns, já realizaram 2 e 3 testes, conforme a rotatividade dos turnos para termos a certeza de que estavam negativos”, especifica.
Desinfeção do edifício do lar
As instalações do edifício do lar foram desinfetadas pela GNR, numa primeira fase no dia 08/04, uma ala do edifício e na última quarta-feira, dia 14 de maio, o restante edifício do lar, mantendo-se isolados os utentes positivos e em quarentena por alta hospitalar.
Os 10 utentes da instituição, que testaram sempre negativo, ficaram, desde o início da pandemia, numa ala reservada até ao momento, estando ainda isolados.
Visitas para já não
“Visitas para já não”, afirma José Carlos Coelho. A decisão será reavaliada no final do mês de maio, mas por enquanto, não haverá visitas dos familiares aos utentes da FLBA.
“No final deste mês vamos reavaliar a situação e ver se conseguimos abrir em junho, mas temos de ter certeza de não existirem casos positivos”, declara.
Creche só 1 de junho
A abertura da creche será apenas a 1 de junho e não a 18 de maio, como seria previsto, com a abertura das creches na segunda fase do desconfinamento, medida que entra em vigor a partir de segunda-feira.
“Não abriremos ainda porque preferimos esperar mais um pouco, no sentido de prepararmos e adaptarmos, as instalações conforme orientações da Segurança Social e DGS. Vamos também proceder a desinfeção de todos os edifícios da infância na próxima semana”, reforça.