A formalização do ato de instalação oficial do azulejo – relativo à causa global do Leonismo Meio Ambiente, alusivo ao projeto “O Mar Começa Aqui” – partiu do Lions Clube de Vale de Cambra, com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar e respectivas famílias para os impactos no mar dos comportamentos inadequados em terra, numa ação que ocorreu a 22 de março, Dia Mundial da Água.
Cristina Maria Santos
“Quando como um rebuçado, não deito o papel para o chão”, garantiu ao Voz de Cambra, David Fernandes, de apenas seis anos. Também Lara Sousa de cinco anos, disse que, quando come um gelado, deita sempre o papel ao lixo, para não poluir o ambiente. “O lixo pode ir para os peixinhos e eles morrem”, alertou a pequena Lara. São crianças do Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra, que se juntaram às da Fundação Luiz Bernardo de Almeida, às da Escola de Vila Chã e aos jovens da Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente de Vale de Cambra, numa iniciativa levada a cabo pelo Lions Clube de Vale de Cambra.
É na sarjeta do passeio do Parque da Cidade de Vale de Cambra que tudo começa. Um exemplo dado na tarde desta quarta-feira, naquela que foi a formalização do ato de entrega oficial do azulejo alusivo ao projeto “O Mar Começa Aqui”.
“A concretização deste projeto implica a conjugação de sinergias entre o município, freguesias e escolas do concelho, com o objetivo de promover uma campanha impactante na comunidade local sobre os comportamentos que devem evitar para proteger o ambiente”, frisou o presidente do Lions Clube de Vale de Cambra, Pedro Coelho Rodrigues em declarações ao Voz de Cambra.
A ideia vai ser levada para toda a cidade e também para as nove localidades do concelho, confirmou Pedro Coelho Rodrigues.
“Vamos passar esta mensagem a toda a comunidade do concelho, para os sensibilizar para os impactos negativos no mar e oceanos que, podem ter os nossos inconvenientes comportamentos em terra”, reforçou o responsável.
“O Mar começa aqui” mas também em casa de cada um ou em qualquer sitio, por isso é preciso que todos tenhamos a noção de que, proteger os oceanos, é responsabilidade de todos, avisou Pedro Coelho Rodrigues já no ato de instalação oficial do azulejo alusivo ao projeto “O Mar Começa Aqui”, no Parque da Cidade Dr. Eduardo Coelho.
“Todos os resíduos que são colocados no chão ou nas sarjetas, mais tarde ou mais cedo, vão para os nossos ribeiros, rios, mar e oceanos, e prejudicam a qualidade das nossas vidas e das nossas águas”, reforçou, dirigindo-se às crianças e jovens ali presentes.
A iniciativa contou com a colaboração da Câmara de Vale de Cambra e com a presença do vereador do Ambiente, José Alexandre Pinho e o presidente da Câmara, José Pinheiro.
José Pinheiro dirigiu-se às crianças e jovens para sublinhar que, ao protegermos o ambiente, estamos a proteger a nossa comunidade e que nos cabe a todos fazê-lo. O autarca pediu às crianças que levassem esta mensagem para os seus familiares, para que, também eles, adotassem comportamentos ambientais responsáveis.
“Estamos aqui num espaço verde, no meio da natureza e, se tivermos pessoas a colocar lixo para o chão, é feio para todos. O descerrar desta placa, neste local, serve para que quem aqui passe, possa ter a noção de que não devemos colocar lixo nas sarjetas, nem poluir as águas, que vão ter ao mar, onde há peixes”, concluiu o autarca.
O governador do Distrito 115 Centro/Norte do Lions Clube de Portugal Georgy Glushik também esteve presente nesta cerimónia e trouxe uma mensagem de sensibilização para a população em geral para que não poluam as águas e o meio ambiente, para que o lixo não acabe no oceano.
Depois desta cerimónia, as crianças e jovens visitaram o Centro de Educação Ambiental de Vale de Cambra, onde puderam contactar com a natureza e conhecer como se podem usar os recursos naturais de forma responsável.
Sarjetas frequentemente objeto de deposição de resíduos
As sarjetas de passeio são importantes dispositivos de entrada de fluxos de água, dado que garantem o acesso das águas pluviais às redes de drenagem, contudo, são frequentemente objeto de deposição de resíduos, quer decorrentes do arrastamento das águas da chuva, quer decorrentes da atividade humana, como óleos alimentares, garrafas, beatas, entre outros.