Rosária Tavares diz não ser admissível que os habitantes do concelho continuem sem saneamento básico, dando o exemplo do que acontece em Lourosa, Macieira de Cambra. A Câmara diz que a situação está a ser resolvida e vai abrir novo concurso para terminar a obra.
Foi na última Assembleia Municipal de Vale de Cambra, a 27 de abril, que os eleitos do PSD local alertaram para a falta de saneamento que afeta a população, principalmente para “os atrasos da obra de água e saneamento” em Lourosa, em Macieira de Cambra.
A social democrata assegurou que a população está descontente com a falta deste sistema e que exige soluções.
“Há 575 dias em que habitantes de Lourosa têm de sobreviver com o mau cheiro e a falta de higiene provocada pela falta de saneamento”, explicou.
Rosária Tavares lembrou que a ampliação de redes de águas residuais e de abastecimento de água iniciou há mais de um ano e que por não terem sido terminadas as obras, o piso da estrada ficou em “mau estado”, trazendo outros problemas.
“Como a obra não avança, a estrada, cujo tapete se encontra num estado lamentável, não é arranjada e, por isso, são 575 dias em que habitantes de Lourosa se vêm obrigados a gastos extraordinários, e de outra forma evitáveis, nos concertos dos seus automóveis”, frisou.
A deputada do PSD na Assembleia Municipal lembrou que, terminados os 90 dias do prazo limite para a conclusão da obra, que não foi cumprido, é exigido que sejam criadas “alternativas higiénicas, humanas e de prevenção de danos e custos”, declarou.
A autarquia valecambrense está a investir no concelho cerca de três milhões de euros em rede de abastecimento de água e saneamento, um investimento apoiado pelo fundo europeu Portugal 2020 – programa operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
Em declarações ao Voz de Cambra, o presidente da Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro referiu-se a este caso em concreto como uma situação que a Autarquia tem vindo a enfrentar com o empreiteiro, com o qual já está em litígio por incumprimento.
Esgotados os três meses para terminar a obra, o assunto vai ser levado à Câmara Municipal para nova deliberação e para revogar o contrato que existe com o empreiteiro, sendo este notificado para se pronunciar.
José Pinheiro garantiu que o assunto está a ser tratado técnica e juridicamente e que vai ser atribuído novo concurso para terminar a obra.