Em Vale de Cambra, a Aliança Democrática ganhou ao Partido Socialista, por 2.067 votos nas Legislativas de 2024, que decorreram este domingo. A AD registou 5.406 votos (39,99%) e o PS 3.339 (24,70%). A terceira força política mais votada no concelho foi o Chega, que triplicou a votação, relativamente a 2022. No total, votaram 67,97% dos 19.887 eleitores inscritos, reduzindo a abstenção em 8% face às anteriores eleições.
Cristina Maria Santos
Os portugueses votaram este domingo para escolher a composição da Assembleia da República. A abstenção diminuiu face às legislativas anteriores. A Aliança Democrática conseguiu a vitória, mas por muito pouco.
A AD conseguiu eleger 79 deputados depois de apurados os resultados nas 3.092 freguesias do país e, contando os votos da Madeira onde PSD e CDS foram coligados sem o PPM, recolheram votos 29,49% dos votos. Já o PS recolheu 1.759.937 votos (28,66%) elegendo um total de 77 deputados. Falta ainda apurar os mandatos do círculo da Europa e fora da Europa. A terceira força política mais votada foi o Chega, que obteve 18,06% dos votos.
- As sete freguesias de Vale de cambra deram vitória à AD
No concelho de Vale de Cambra, a AD conquistou 39,99% dos votos e o PS 24,70%, o que corresponde a 5.406 e 3.339, respetivamente. A terceira força política mais votada no concelho foi o Chega, que triplicou a votação, relativamente a 2022. De 5,10%, em 2022, o Chega obteve agora, 17,31% dos votos.
A população valecambrense distribuiu a maioria dos votos pelos dois partidos, sendo o Chega o terceiro mais votado no concelho. A AD venceu assim em Cepelos, com 49,81% dos votos, na União de Freguesias de Vila Chã, Codal e Vila Cova de Perrinho (38,09%), em Macieira de Cambra (33,39%), em Rôge (37,28%), em S. Pedro de Castelões (40,77%), em Arões (50,28%) e em Junqueira (54,52%). O PS teve maior expressão na freguesia de Macieira de Cambra, única freguesia do concelho liderada pelo partido e, relativamente a 2022, o Partido Socialista perde votos nas freguesias de Rôge e União de Freguesias de Vila Chã, Codal e Vila Cova de Perrinho, onde venceu nas últimas eleições.
O Chega foi a terceira força política mais votada em cinco das sete freguesias, com 17,31% (2.340 votantes) e a segunda nas freguesias de Junqueira, com 18,06 % dos votos e Arões, com 18,94%. O quarto partido mais votado, foi a Iniciativa Liberal, com 5,05% dos votos, seguido do Bloco do Esquerda, com 3,37%, o Livre, com 1,55%, o PAN, com 1,55%, a ADN, com 1,54%, o PCP que perdeu aqui expressão, face a 2022, sendo o nono partido mais votado no concelho de Vale de Cambra, com 0,77%% dos votos.
A abstenção no concelho foi de 32%, menos 8% relativamente a 2022, com 217 votos nulos e 156 votos em branco.
- Emídio Sousa (AD), Pedro Nuno Santos (PS) e a valecambrense Maria José Aguiar (Chega) eleitos deputados por Aveiro
A AD elege sete deputados por Aveiro e o PS cinco. O Chega consegue mais dois deputados do que em 2022 (apenas um) e, desta vez, colocou Maria José Aguiar, natural de Vale de Cambra, como deputada na Assembleia da República. A Iniciativa Liberal elege, pela primeira vez, um deputado pelo circulo de Aveiro. O distrito fica assim com o mesmo número e deputados, conseguido em 2019 e 2022. Dos 19 concelhos do distrito, apenas em Ovar e Mealhada venceu o PS.
A Aliança Democrática (AD) consegue eleger sete deputados pelo círculo eleitoral. Emídio Sousa, cabeça de lista e antigo presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, foi o deputado eleito, seguindo-se Silvério Regalado e Ângela Almeida. Em quarto lugar, é eleito Salvador Malheiro, antigo presidente da Câmara Municipal de Ovar e o último a ser conhecido foi Paulo Cavaleiro. Não foi, por isso, eleito Pedro Magalhães, que fazia parte da lista em representação de Vale de Cambra e que ocupa funções de presidente da concelhia do CDS-PP local, partido que lidera a Câmara Municipal há mais de uma década.
O Partido Socialista elege Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, natural de S. João da Madeira e também candidato a Primeiro-Ministro, que segue para o parlamento com mais quatro deputados por Aveiro: Cláudia Santos, Carlos Neto Brandão, Hugo Matos Oliveira e Susana Lopes Correia.
O Chega vê eleitos três deputados, sendo que o primeiro eleito foi Jorge Galveias Rodrigues, que vai seguir com Maria José Gomes de Aguiar e Armando Silva Grave.
A Iniciativa Liberal consegue eleger Mário Faria de Oliveira Lopes.
Em termos gerais, o PS foi o mais votado em S. João da Madeira, com 37,39%, concelho de Pedro Nuno Santos, onde a AD obteve 29,31%. A AD venceu em Espinho, de onde é natural Luís Montenegro, com 33,19%, apenas mais meio ponto percentual do que obteve o PS (32,96%).
O Bloco de Esquerda e a CDU continuam a não eleger deputados por este círculo eleitoral.