“Nenhum de nós pode deixar de ficar profundamente impressionado e até comovido quando está numa aldeia, que se consegue ver pelo terreno, que esteve totalmente envolvida pelo fogo e as pessoas que ali vivem, impedidas de sair e a ajuda por terra é impedida de chegar”, sublinhou o presidente do CDS/PP nacional, também ministro da Defesa Nacional, numa visita que fez, esta segunda-feira, a Felgueira, uma das localidades mais afetada pelos incêndios, no mês de setembro.
Cristina Maria Santos
O também Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, visitou a aldeia da Felgueira, na freguesia de S. Pedro de Castelões e contactou com a população local, que relatou momentos de aflição, naquele que foi o maior incêndio dos últimos tempos no concelho.
Na segunda semana de setembro, a aldeia da Felgueira esteve rodeada pelo fogo e arderam mais de 400 hectares de floresta. Nuno Melo, salientou o “esforço conjugado” que permitiu que os danos não fossem ainda maiores.
“Foram os residentes, os bombeiros presentes, a população, os autarcas, que fizeram a diferença e a aldeia foi preservada”, referiu o governante em declarações ao Voz de Cambra.
Segundo Nuno Melo, é tempo de encarar o futuro, aprender com os erros e ordenar o território, com a ajuda das pessoas.
“Temos que ter presente que nenhum ordenamento do território é possível, se as pessoas, os proprietários, não forem necessariamente envolvidos”, frisou.
O também presidente do Partido Popular, reuniu com os autarcas do CDS/PP local, no salão nobre da junta de freguesia de S. Pedro de Castelões e destacou o trabalho destes “no terreno”, sendo “fundamentais” no combate aos incêndios. Lembrou também a ajuda que teve oportunidade de dar a autarcas como o presidente da Câmara de Vale de Cambra, durante os incêndios, nomeadamente no reforço de meios.
O governante, aproveitou para elogiar as medidas lançadas pelo Governo para ajudar financeiramente os que sofreram danos em propriedades agrícolas.
O ministro da Defesa revelou também que vai propor ao Governo a aquisição de dois ‘kits’ para dotar os aviões C-130 com capacidade para combater fogos, como acontecia no passado.
“As Forças Armadas, podem fazer mais, como aconteceu de resto no passado. Os C-130 são aviões de grande porte que podem receber kits, que são dispositivos de combate aos incêndios muito eficazes, que poderão ficar, num curto espaço de tempo, à disposição de Portugal e de quem tem a obrigação na Proteção Civil de definir as intervenções”, referiu.
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