Indulac, Indústrias Lacteas S.A. de Vale de Cambra foi nomeado entre os vencedores do World Cheese Awards, que se realizou no Pavilhão Multiusos de Viseu, no fim de semana de 16 e 17 de novembro. Os queijos Alvelhe e Covo, destacaram-se entre os 4.786 queijos participantes e conseguiram os prémios de Bronze.
Cristina Maria Santos
“Estes prémios só vêm confirmar a excelência dos nossos produtos e reforçar a nossa resiliência e vontade de continuar a trabalhar pela qualidade e tradição que sempre distinguiu a nossa empresa ao longo dos últimos 123 anos”, revelou António Pedro Rebelo, fundador da empresa familiar, Indulac Indústrias Lácteas SA.
O Alvelhe, um queijo de mistura de leite de Vaca e Ovelha e o Covo, um queijo de leite de Cabra fabricados em Oliveira de Azeméis destacaram-se entre os 4.786 queijos participantes e conseguiram os prémios de Bronze no concurso dedicado exclusivamente aos queijos, sendo o nono e décimo prémios da marca, ao longo dos últimos 10 anos.
“É um enorme orgulho adicionar estes dois prémios ao já vasto leque, num total de 23, atribuídos por esta e outras organizações de prestígio, como Great Taste Awards, International Cheese Awards, etc”, sublinhou ainda o empresário.
António Pedro Rebelo, que representa a quarta geração da família Rebello, uma das famílias pioneiras no setor e fundadora da Martins & Rebello, em 1901, empresa de Vale de Cambra, que foi a maior da Península Ibérica e uma referência na Europa durante anos. A família Rebello, fundadora da Indulac Indústrias Lácteas SA, representa a quarta geração do negócio e assegura a continuidade da sua história e tradição, na produção dos seus produtos.
O Alvelhe, um queijo de mistura de leite de Vaca e Ovelha e o Covo, um queijo de leite de Cabra fabricados em Oliveira de Azeméis, destacaram-se da multidão de 4.786 queijos participantes e conseguiram os prémios de Bronze no concurso dedicado exclusivamente aos queijos, sendo o nono e décimo prémios da marca, ao longo dos últimos 10 anos.
Segundo a Indulac, o Alvelhe premiado, é o esplendor de um queijo tradicional, com uma cura especifica, uma affinage única e uma apresentação distintiva, é um queijo excecional que combina o sabor e a textura do leite de vaca e de ovelha. Produzido com leite pasteurizado de alta qualidade, este queijo passa por um cuidadoso processo de maturação, resultando num sabor rico e textura delicada, cremosa e macia, com uma consistência suave e ligeiramente untuosa, que reflete a combinação dos dois tipos de leite. A união dos sabores do leite de vaca e ovelha confere um equilíbrio perfeito entre suavidade e complexidade. É um queijo de sabor refinado, ideal para ser saboreado puro ou em preparações culinárias mais sofisticadas.
O Covo premiado é um queijo artesanal produzido a partir de leite de cabra pasteurizado. A sua casca é naturalmente fina e pode apresentar uma tonalidade que varia do branco ao dourado, dependendo do tempo de cura. É um queijo semiduro, de textura quebradiça, com alguns olhos e cor marfim, que surpreenderá qualquer consumidor pela sua consensualidade. O seu sabor puro a cabra, é limpo e prolongado apresentando notas levemente ácidas e terrosas, características típicas do leite de cabra. A maturação confere complexidade ao queijo, com um toque levemente picante e salgado. O queijo Covo é muito apreciado pelo seu perfil de sabor diferenciado, que o torna uma excelente escolha tanto para degustação pura quanto para acompanhamentos em pratos sofisticados.
São “Reserva” os queijos que após o seu fabrico são submetidos a um processo de maturação específico. Essa maturação culmina numa prova organolética final dos nossos mestres queijeiros que avaliarão se esse lote será Reserva. Apenas os lotes que evidenciam requisitos especiais, ao nível da textura da pasta, casca, aroma e sabor, serão dignos de ostentarem a denominação Reserva, explica ainda a empresa especializada no fabrico de queijos tradicionais e outros queijos exclusivos.
Um total de 240 juízes provenientes de 39 países foi dividido em 104 equipas para empreender a tarefa de determinar quais as inscrições que mereciam uma acreditação. O júri era composto por especialistas de um amplo leque de disciplinas de toda a indústria, incluindo tecnólogos, classificadores, compradores, chefes de cozinha, produtores, retalhistas, profissionais da indústria, jornalistas e influenciadores.
Os queijos foram avaliados com base em fatores como a aparência da casca e da pasta, o aroma, o corpo, a textura e, principalmente, o sabor e a sensação na boca do queijo. Para garantir uma competição totalmente justa, a avaliação foi realizada em provas cegas; os juízes receberam uma breve descrição, mas sem a indicação da origem ou do produtor do queijo.
O concurso deste ano foi o maior de sempre, com a participação de 1.032 empresas de todo o mundo. A avaliação realizou-se ao longo de um único dia, com os prémios de Bronze, Prata, Ouro e Super Ouro a serem atribuídos de manhã e os Super Ouro reavaliados à tarde para encontrar os 14 melhores queijos, de entre os quais foi selecionado o vencedor absoluto, o Queijo Campeão Mundial de 2024.
Para John Farrand, diretor-geral da Guild of Fine Food, a organizadora por trás do World Cheese Awards, o World Cheese estabeleceu-se como um evento único.
“Não só porque reúne um painel de especialistas que avaliam cuidadosamente e premeiam cada queijo pelos seus próprios méritos, mas também pela forma como transmite a cultura de uma cidade e região ao seu público. Adorámos trazer os nossos juízes, bem como centenas de profissionais da indústria de laticínios, a Viseu, mesmo no coração da produção de queijo em Portugal, para estes também poderem absorver a cultura alargada, o terroir e a tão generosa hospitalidade. Proporciona um fórum único para partilhar os pontos de vista, as opiniões e estabelecer relacionamentos pessoais e de trabalho além-fronteiras. É algo que temos muito orgulho em promover.”, frisou.