Evento gratuito reuniu música, gastronomia, artesanato, associações e grupos locais em dois dias de celebração e diversidade cultural. “Palcos do Mundo – Fábrica” aconteceu nos dias 26 e 28 de setembro e abordou o tema da inclusão da comunidade migrante na região.
Cristina Maria Santos
A festa contou com atrações culturais de vários países, gastronomia e atividades para todas as idades.
Depois de “A Fábrica – Memórias e Sonhos”, apresentado em 2022 – que mobilizou quatro centenas de figurantes e milhares de espectadores em torno da memória industrial e coletiva da antiga fábrica Martins & Rebello – o Teatro do Bolhão regressou com a estreia de “Palcos do Mundo – Fábrica”.
Cerca de duas centenas de pessoas participaram num espetáculo sobre solidariedade e inclusão, naquela que foi a primeira fábrica de laticínios do país.
Foi através de laboratórios artísticos, que o projeto “Nós – Palcos do Mundo” promoveu o encontro entre culturas e a integração nas comunidades de acolhimento.
O espetáculo “Palcos do Mundo – Fábrica” foi promovido pela ADRIMAG em parceria com o Teatro do Bolhão e os municípios de Arouca, Castelo de Paiva e Vale de Cambra, num projeto financiado pela Portugal Inovação Social.
O evento refletiu sobre “as caminhadas de mulheres, homens e crianças que procuram um lugar para viver, sonhar e reconstruir a vida, inspirado pela frase do Papa Francisco “Somos todos imigrantes. Ninguém tem morada fixa nesta terra”, referiu a organização.
“Mais do que um retrato da fuga à miséria, ao medo e à guerra, é um elogio à esperança, à solidariedade e à capacidade de comunidades como Vale de Cambra se abrirem ao mundo e acolherem o outro. Aqui, não há “nós e os outros”: há uma só comunidade de caminhantes, feita de diferentes histórias que constroem um mesmo futuro”, revelou ainda.
Em declarações ao Voz de Cambra, a vereadora da Cultura, Mónica Seixas, disse tratar-se de um evento que visa a integração das comunidades migrantes por via das artes performativas.
“A arte é uma linguagem universal e tem o poder de unir povos e culturas”, explicou. O espetáculo foi uma mostra disso mesmo, onde participaram comunidade local, associações e migrantes.
As portas abriram às 18h30 e aqui foi possível saborear a gastronomia de diferentes lugares do mundo. Já à noite, o espetáculo ganhou forma com a participação de cerca de 200 pessoas, entre pessoas da comunidade, associações e grupos locais, num gesto de criação conjunta que deu corpo ao “espírito de solidariedade e inclusão”.
Fotos de: Carolina Silva





