Luís Montenegro garante que está otimista em relação aos resultados das autárquicas de 12 de outubro, no concelho de Vale de Cambra. O líder do PSD acompanhou a campanha eleitoral do partido local, este sábado.
Cristina Maria Santos
Luis Montenegro participou, este sábado, na arruada do PSD local no centro da cidade de Vale de Cambra, acompanhado pelos candidatos à Câmara, liderados por Miguel Aguiar Soares, à assembleia municipal, por Adriana Rodrigues e às juntas de freguesia, bem como o mandatário da candidatura, Rodrigo Silva, apoiantes e militantes.
Em declarações ao Voz de Cambra, o líder do Partido Social Democrata, garantiu que está confiante numa vitória em Vale de Cambra, concelho que é governado pelo CDS há 12 anos.
Montenegro disse ter encontrado um partido “unido e mobilizado como há muito não via” e com vontade de recuperar a Autarquia.
“É uma inspiração para nós podermos voltar a ter um social-democrata à frente da Câmara e tornar a colocar Vale de cambra na rota do desenvolvimento, do progresso, da fixação de pessoas, que é um desafio enorme”, referiu.
Enquanto percorria a Avenida Vale do Caima com a comitiva, Montenegro disse ter encontrado lojas fechadas e “um comércio muito contido” para um sábado de manhã.
“A imagem que guardo de outros tempos era de alegria, de ver as pessoas reunidas nos cafés, na rua, conversarem, irem às compras e eu hoje não vi isso”, frisou.
Para o líder do PSD, isto significa que o concelho “perdeu essa chama e é preciso reactivá-la”.
Segundo o mesmo, Vale de Cambra precisa de voltar a ter dinâmica.
“É preciso aproveitar a sua tradicional vocação empresarial, industrial, também agrícola, para poder tornar a ser um centro onde vale a pena viver e onde os jovens possam encontrar as suas oportunidades e não ter que ir à procura delas para outro sítio”, reforçou.
Para tal, o também primeiro-ministro garante que o Governo estará pronto para estabelecer uma parceria que possa “conduzir as pessoas a ter mais bem-estar e mais qualidade de vida”.
Esta é uma das câmaras do país que parte sozinha nestas autárquicas, sem coligação com o CDS, como acontece no governo central e em outros concelhos. Para Montenegro, a justificação tem a ver com razões históricas.
“Temos uma coligação no Governo que funciona muito bem e essa coligação, muitas vezes, é também escolhida em candidaturas autárquicas, mas há certos sítios onde, por razões históricas, onde somos as duas principais forças políticas. É o caso de Vale de Cambra”, afirmou.
Relativamente às novas medidas que o Governo tomou na área da habitação, Montenegro aproveitou para garantir que não quer rendas caras e defende que estas vão permitir “igualdade de oportunidades”.
Aproveitou para esclarecer, também os valecambrenses, de que não precisam assustar-se com a “polémica” criada à volta dos tetos máximos que o Governo aprovou na quinta-feira para que a construção possa beneficiar de IVA reduzido a 6%: em casas para vender até 648 mil euros ou para arrendar até 2.300 euros.
“Esse limite é mesmo o limite máximo. Em Vale de Cambra ninguém paga, felizmente, esse valor, que é um valor altíssimo, mas nós queremos que haja igualdade de oportunidades a quem vive e trabalha em Vale de Cambra, como também a quem vive e trabalha em Lisboa e no Porto, onde esses preços se atingem para uma família dita de classe média”, explicou ao Voz de Cambra.
Luis Montenegro lembrou que também em Vale de Cambra é preciso haver oferta a preços controlados e com isso, permitir haver escolas cheias, equipamentos desportivos, culturais e fazer com que a dinâmica possa ressurgir neste concelho”.
“Queremos ajudar, queremos que haja mais casas disponíveis em Vale de Cambra para que as fábricas, as empresas, o comércio e mesmo as atividades agrícolas e florestais deste território possam ter a chama dos recursos humanos que precisam e possam tê-los perto”, sublinhou.

