Vitor Hugo sagrou-se campeão do IV Torneio Online PT Tour, uma competição criada em tempo de pandemia, para colmatar a ausência dos jogos presenciais da modalidade. O jogador de Vale de Cambra dedica-se a ao pool como se fosse uma “segunda profissão” e gostava de ver a modalidade ser valorizada em Portugal, e também no concelho.
One Pool foi criada a nível internacional para colmatar a ausência dos jogos presenciais da modalidade devido à pandemia. Portugal seguiu as pegadas, e criou também a sua própria competição interna.
Trata-se de uma vertente nova, em que cada jogador joga no seu bilhar, em que existe um sistema de pontuação para atribuição da vitória.
Nos três anteriores torneios, os vencedores foram jogadores já com grande destaque a nível nacional, como um campeão europeu, e o atual campeão nacional. Vitor Hugo, natural de Vale de Cambra que venceu a quarta edição, em representação da Associação de Bilhar New York.
“Esta foi uma forma de manter o espírito competitivo, até que tudo esteja de novo em segurança para a competição”, referiu o valecambrense em entrevista ao Voz de Cambra (ler na integra na próxima edição em papel).
Jogar bilhar fisicamente sozinho e em direto para as redes sociais deixou Vitor Hugo ainda mais “nervoso” do que se fosse como habitualmente numa competição com jogadores numa mesa de bilhar.
“Sente-se o nervosismo da competição. Em alguns casos até mais do que nas competições nacionais, em que apenas jogadores de bilhar estão a ver”, frisou.
A vitória neste campeonato proporcionou ao jogador valecambrense “competir com os melhores” na modalidade, mas também lhe poderá “abrir portas” daqui para a frente, revelou.
O engenheiro de profissão leva este hobby como uma uma “segunda profissão”, mas “sem grandes rendimentos”, admitiu. Como todos nesta modalidade, joga-se pelo prazer, e não pelas compensações monetárias, que em Portugal são inexistentes.
“É muito mais do que um hobby. É como uma segunda profissão porque me dedico inteiramente à modalidade”, explicou.
Em Portugal nenhum jogador é profissional. A falta de apoios é um dos motivos, mas também a “falta de reconhecimento do bilhar enquanto modalidade de competição”.
Vitor Hugo tem planos para o futuro da modalidade no concelho de Vale de Cambra e revela em entrevista quais são as suas ambições, sobretudo para desmistificar a conotação que as pessoas ainda têm acerca do bilhar.