Evento de lançamento de “100 Palavras” é realizado este sábado, às 18h e transmitido nas redes sociais. “Escrever é uma parte de mim, faz parte do meu ser, diria que é como uma terapia, é um transpor de sentimentos”, define o autor em entrevista ao Voz de Cambra.
Repleto de poemas originais que abordam temáticas do cotidiano, de sentimentos, experiências pessoais e outras que lhe foram confidenciadas, o livro “100 Palavras”, do valecambrense Ricardo Caetano, será lançado virtualmente neste sábado, às 18h, através da editora “Codel D’Prata”. O evento será transmitido online em https://fb.me/e/amVo9Sfld, devido às restrições da pandemia. “100 Palavras” é o primeiro livro lançado por Ricardo Caetano que há muito encontrou na escrita e, sobretudo na poesia, uma forma de transmitir os seus sentimentos mais profundos que guarda desde muito cedo e que agora quer dar a conhecer ao mundo. Nascido em Vale de Cambra, o jovem autor do livro também é empresário na área dos cosméticos e pretende continuar a dar asas à imaginação e continuar a escrever mais poesia e não coloca de parte outro tipo de escrita.
Porquê “100 Palavras”?
Desde que me convenceram a tentar lançar o livro que eu tive bem presente que queria que o título fosse este. Primeiro, porque queria criar a ideia de que espero que os leitores fiquem “sem” palavras, por se identificarem com um ou outro poema e sintam-no como se fossem deles. Depois, porque o livro é composto por 100 poemas e o primeiro poema é composto propositadamente por 100 palavras.
Qual o objetivo de escrever um livro?
Diria que não escrevo com um objetivo propositado. Desde bem cedo, ainda em tenra idade, que encontrei na escrita uma forma de lidar com problemas e ansiedades, com sentimentos sem permitir que influenciassem pela negativa o meu dia a dia. Por vezes, tenho uma ideia que fica na cabeça e anoto-a, outras vezes ando um a dois dias a meditar nessa ideia e, quando finalmente vou para escrever, é como se o mundo à minha volta parasse e só volto à realidade depois de o acabar de escrever.
O que significa para si escrever poesia?
Escrever é uma parte de mim. Faz parte do meu ser. Diria que é como uma terapia. É um transpor de sentimentos. Confesso que, durante muito tempo, era uma parte reservada, bem escondida porque receava a reação das pessoas. Hoje, percebo que as reações são de surpresa e espanto por saberem que eu escrevo, mas muito mais quando lhes digo que escrevo poesia. Mas, hoje em dia, já aceito bem isso. Acredito que muitas pessoas associam o escrever a alguém doutorado, professor ou então a algum lunático…
Qual o público alvo deste livro?
Eu diria que o público alvo acaba por ser um pouco de todos nós, pois todos amamos, sofremos, sonhamos… Abordo temas como a morte, medo, o bullying, a esperança…Como disse a um poeta, que tem alguns poemas premiados, eu não escrevo para poetas, escrevo para ser lido pelo povo.
Quais são as suas influências literárias?
Tenho como maior influencia, a Florbela Espanca, mas também Charles Chaplin, Voltaire, Vinícius de Moraes, Pablo Neruda, Sophia de Mello Breyner, um pouco de Al Berto.