Técnicos da Juventude de nove países reuniram-se esta quarta-feira em Vale de Cambra para capacitar quem trabalha com jovens. A Cruz Vermelha de Vale de Cambra deu o exemplo do trabalho desenvolvido no âmbito do acolhimento residencial de jovens em risco.
A iniciativa partiu da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Sanguedo, no âmbito da aprovação de uma candidatura ao programa Erasmus+, que permitiu a realização de curso de formação, denominado “Work4Inclusion”.
Aos três técnicos desta delegação, juntaram-se 30 voluntários vindos de nove países: Grécia, Turquia, Croácia, Lituânia, Áustria, Republica Checa, Itália, Estónia, Letónia e Espanha onde desenvolvem funções de técnicos da juventude, que experienciaram o trabalho desenvolvido pela Casa de Acolhimento Residencial Dr. Eduardo Coelho e pelo grupo da Juventude da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) de Vale de Cambra.
O evento decorreu na Biblioteca Municipal de Vale de Cambra, onde o Casa de Acolhimento Residencial de Vale de Cambra teve a oportunidade de dar a conhecer a resposta social que dá, tendo por finalidade o acolhimento urgente e transitório de jovens em situação de risco, criando condições para a definição do projeto de vida de cada jovem com vista ao seu adequado encaminhamento.
“A apresentação realizada pelas profissionais da CVP suscitou um elevado interesse dos participantes, os quais colocaram várias questões sobre o funcionamento da Casa e o trabalho desenvolvido”, explicou ao Voz de Cambra, a técnica da Cruz Vermelha local, Carla Antunes.
No final, os participantes entregaram um livro de mensagens, tecendo elogios à apresentação e ao trabalho desenvolvido e a Casa de Acolhimento fez um convite aos jovens para regressarem, tendo uma das participantes mostrado interesse em regressar como voluntária.
A iniciativa contou ainda com a visita à Casa de Acolhimento Residencial Dr. Eduardo Coelho.
O objetivo do curso de formação “Work4Inclusion” é promover a formação de animadores e dirigentes juvenis, para que possam adequar as suas intervenções às necessidades dos jovens, nomeadamente dando-lhes a oportunidade de acompanhar o trabalho desenvolvido noutras organizações.
Para além disso, o evento visa ainda aumentar o reconhecimento do trabalho juvenil através da educação não formal, como complemento essencial da educação formal.
Esta é também uma forma de aumentar as sinergias europeias no setor da juventude, permitindo a articulação em rede na luta contra os problemas dos jovens de hoje, nomeadamente a exclusão social.
No ano em que se assinala o Ano Europeu da Juventude, realizar este desafio teve uma importância especial para a delegação da Cruz Vermelha de Sanguedo.
“Concretizar esta dinâmica internacional de partilha de experiência culturais, formação e trabalho técnico, de forma a capacitar os técnicos de juventude dos diferentes países participantes neste intercâmbio”, refere a organização.