Centro de Formação Profissional da Associação Valecambrense de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente (AVPACD) abriu portas esta sexta-feira para 16 formandos. A sessão de abertura dos cursos, com duração de dois anos, realizou-se nas instalações deste Centro e contou com a presença de entidades públicas.
Os presidentes da Câmara e Assembleia Municipal de Vale de Cambra, José Pinheiro e Miguel Paiva, respetivamente; Abel Oliveira, da Inaceinox, uma das empresas do concelho que tem recebido os formandos; a Associação Empresarial de Cambra e Arouca (AECA); e Sofia Oliveira, da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Vale de Cambra; estiveram presentes na sessão de abertura da segunda formação nas áreas de Serralharia Civil e Operador/a de Jardinagem, financiada pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE).
Para além das entidades locais, fizeram-se representar, Rosa Maria Machado, da Segurança Social de Aveiro.
Trata-se de um Centro de Formação Profissional para Pessoas com Deficiência e ou Incapacidade da AVPACD que tem como objetivo criar as condições para a inserção socioprofissional de pessoas com incapacidades físicas e mentais.
Localizado na Avenida Vale do Caima, n.º 804 (ao lado das bombas combustíveis da Prio), o edifício foi adaptando às necessidades e equipado com material relacionado com os cursos que ali são administrados.
O Centro de Formação Profissional para Pessoas com Deficiência e ou Incapacidade da Associação do Cidadão Deficiente conta, neste segundo ano, com infraestruturas preparadas e uma maior experiência nesta área porque dispõe de uma máquina CNC moderna, fundamental para a formação tecnológica dos formandos do curso de Serralharia Civil.
Para além disso, os formadores já adquiriram maior experiência na formação para pessoas com deficiência, referiu André Coutinho, Técnico de Apoio à Inserção Profissional do Centro de Formação Profissional da AVPACD, em entrevista ao Voz de Cambra (ler na integra na edição n.º 1084).
Apesar da necessidade de modernização dos computadores da sala de TIC e da falta de transporte de alguns formandos de áreas mais remotas do concelho, a Associação garante que tudo tem feito para demonstrar as potencialidades das pessoas com deficiência e tem proporcionado aos seus formandos a integração no mundo laboral.
A primeira formação começou em 2018 e terminou em 2020., sendo que, dos 24 inscritos nos cursos, 22 terminaram com sucesso a formação, seis entraram no mercado de trabalho e quatro encontram-se ainda a trabalhar.
“As entidades públicas e privadas do concelho de Vale de Cambra têm sido inclusivas, mas ainda muito há a fazer por cá, mas também no país, para baixar a elevada taxa de desemprego dos cidadãos com deficiência”, explicou André Coutinho.
Dos 20 utentes integrados no CACI, antigo Centro de Atividades Ocupacionais, da AVPAC, pelo menos três, estão capacitados para ingressar na Formação Profissional e, eventualmente, num posto de trabalho. Dos antigos formandos, que se encontram desempregados, pelo menos cinco, estão também capacitados para a inserção laboral.
As empresas e instituições de Vale de Cambra têm sabido receber os cidadãos deficientes ou com incapacidade, confirma a Associação do Cidadão Deficiente local e apela à integração destes formandos. Para isso, o presidente da AVPACVC, Adriano Fernandes avisa que as empresas interessadas podem contactar através de correio eletrónico: avpacd@gmail.com e reforça que o desenvolvimento dessa componente formativa não acarreta custos financeiros para as empresas, precisando apenas de ter um acolhimento inclusivo.