Foi para dar voz às reivindicações de progressão na carreira e contra a “municipalização da educação”, que os professores do Agrupamento de Escolas de Búzio, em Vale de Cambra, estiveram em greve, esta terça-feira.
“Não desistimos do nosso tempo de serviço e lutamos contra as cotas de acesso ao quinto e sétimo escalão. Não aceitamos que nos atropelem mais”, o desabafo é de uma professora da Escola Secundária de Vale de Cambra.
Os docentes reivindicam “mais respeito pela profissão e mais justiça” por parte do governo.
Em declarações ao Voz de Cambra, a mãe de um aluno da escola admite que esta greve lhe vai causar transtornos por não ter onde deixar o filho, mas diz compreender a luta dos professores.
Os professores afetos ao STOP, Sindicato de Todos os Professores, que participam na greve por tempo indeterminado desde o passado dia 9 de dezembro, mostram-se contrários à proposta do Ministério da Educação, que prevê a criação de procedimentos municipais na colocação de professores e distribuição destes por decisão de conselhos locais de diretores.
A adesão à greve dos professores ronda os 90%, de acordo com os dados recolhido pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) no primeiro tempo da manhã.
Em atualização…
A greve dos professores em Vale de Cambra continuou nos restantes dias da semana, ainda que algumas aulas tenham sido dadas por professores que não aderiram à greve.