Pontemieiro, aldeia da freguesia de Junqueira, vai inaugurar, este sábado, dia 7 de outubro, uma Biblioteca, que fica no Jardim Literário da Corga, um projeto da Associação dos Amigos da Pontemieiro, que pretende, entre outros objetivos, promover o gosto pela leitura e preservar e documentar a cultura local.
Cristina Maria Santos
“O que tenho de fazer para levar um livro da Biblioteca? Não tens de fazer nada, apenas traz um livro e troca-o por outro de que gostes!”, explica a Associação dos Amigos da Pontemieiro (AAP), na divulgação da criação de uma Biblioteca, construída no Jardim Literário da Corga, num ambiente rural e propício a “boas leituras”.
O projeto pretende mobilizar a população da aldeia para um conjunto de iniciativas que passam pela troca de livros, mas também pelo convívio e dinâmicas que pretendem juntar o passado e o futuro.
“Acreditamos que as novas dinâmicas das aldeias têm de passar por esta simbiose entre o futuro e o passado, ou seja, preservar as tradições e o património cultural relacionando-as com novos estilos de vida e de trabalho, fomentando assim uma nova forma de viver e sentir a aldeia”, refere a AAP.
A aldeia, que se tem caracterizado pela dinâmica de grupo e bem receber, pretende assim promover o gosto pela leitura, preservar e documentar a cultural local, combater o isolamento social, estimular a criatividade e também colaborar com escolas e outras instituições, para enriquecer a aprendizagem.
Com o mote “Através de um passado renovado cadabulhamos o futuro”, a coletividade lembra que é importante valorizar as aldeias e as suas gentes.
“As aldeias são verdadeiros cadabulhos de conhecimento, que trabalhados e cuidados são autênticas “Portas de acesso ao Conhecimento” e podem desempenhar um papel significativo em várias áreas, se forem devidamente valorizadas e desenvolvidas”, sublinha.
O objetivo passa por criar, em meio rural, um espaço de expressão cultural e criativa, para melhorar a qualidade de vida da comunidade e promover a inclusão social.
Em declarações ao Voz de Cambra, a Associação lembra que esta é uma atividade “da aldeia para o mundo”.
“Pretendemos que não só a população da aldeia da Pontemieiro e das aldeias vizinhas usufruam do nosso Jardim literário e Biblioteca, mas também os visitantes das Montanhas Mágicas. Queremos que seja um espaço de partilha”, explica.