As eleições europeias decorrem este domingo em Portugal e os eleitores vão poder dirigir-se a qualquer mesa de voto no país ou no estrangeiro para escolher os 21 eurodeputados portugueses.
Cristina Maria Santos
Estas eleições ocorrem de cinco em cinco anos e, nos 27 estados-membros da UE, realizam-se entre os dias 06 e este domingo, 09 de junho.
Serão eleitos 21 eurodeputados nacionais de um total de 720.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), nestas eleições podem votar em Portugal 10.830.572 – 10.819.317 cidadãos nacionais e 11.255 cidadãos estrangeiros.
Concorrem às eleições para o Parlamento Europeu partidos e coligações, o mesmo número que em 2019: Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), PS, Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV/ID), Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
Para além dos cidadãos portugueses maiores de 18 anos inscritos no recenseamento eleitoral português, no território nacional, bem como os cidadãos portugueses, maiores de idade, recenseados em Portugal e residentes fora do território nacional, que não tenham optado por votar em outro Estado membro da União Europeia – podem também votar os cidadãos da União Europeia, não nacionais, recenseados em Portugal, que optem por votar nos deputados portugueses para o Parlamento Europeu e ainda os cidadãos brasileiros com cartão de cidadão ou bilhete de identidade português (com estatuto de igualdade de direitos políticos).
Os eleitores recenseados em território nacional tinham a possibilidade de votar antecipadamente em mobilidade no domingo em 02 de junho, uma semana antes das eleições, num local por si escolhido, o que inclui qualquer município do continente ou das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Segundo o MAI, quase 90% dos 252.209 eleitores inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito, ou seja, o número de eleitores que votaram no domingo foi de 225.039, correspondendo a 89% dos 252.209 inscritos. Também puderam votar antecipadamente presos e doentes internados, cujos votos foram recolhidos pelo presidente da câmara municipal entre 27 e 30 de maio.
Recorde-se de que as eleições europeias em Portugal registam altos níveis de abstenção. Nas eleições europeias de 2019 o PS venceu com 33,38% dos votos, conquistando 9 lugares no Parlamento Europeu. O PSD ficou em segundo, com 21,94% dos votos e seis eurodeputados, seguindo-se o BE, com dois (9,82%). A coligação CDU (PCP/PEV/ID) também conquistou dois lugares no Parlamento Europeu e o CDS-PP e o PAN elegeram um eurodeputado cada.
Durante cerca de duas semanas praticamente, partidos e candidatos ao Parlamento Europeu tentaram dar-se a conhecer, procurando convencer os eleitores a não ignorar o ato eleitoral, que, há cinco anos, teve uma taxa de abstenção histórica de 68,6% – a mais alta desde que Portugal integra a União Europeia.
O resultados das eleições europeias em Vale de Cambra registaram igualmente um alto alto nível de abstenção (60,7%), sendo que votaram 8.173 pessoas, 39,4% da população inscrita. Já em 2014, a taxa de abstenção no concelho rondava os 63%, mais 2% do que em 2019.
Em 2019 o PS venceu no concelho com 27,53% dos votos, o PSD ficou em segundo, com 24,96% dos votos, seguindo-se o CDS, com 18,29%. O B.E conseguiu 6,73%, o PAN obteve 3,81% e a coligação CDU (PCP/PEV/ID) 1,80% dos votos. Já em 2014, a coligação PSD/CDS venceu em Vale de Cambra, ficando o PS em segundo lugar.