O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa presidiu esta quarta-feira, no Porto, à cerimónia do 25.° aniversário da Fundação Ilídio Pinho e condecorou o fundador, Ilídio Pinho, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Cristina Maria Santos
“Esta Fundação tem um nome e um rosto”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa aquando da cerimónia de comemoração dos 25 anos da Fundação Ilídio Pinho, que decorreu no Edifício Península, sede da Fundação Ilídio Pinho.
Foi ao cidadão que o Presidente da República atribuiu, esta quarta-feira, as insígnias da Grã-Cruz da Ordem do Infante D.Henrique a Ilídio Pinho. O chefe de Estado referia-se não só à sua participação ativa no meio empresarial, como considerou “verdadeiramente impressionante” o papel pioneiro que este tem vindo a ter nas artes, cultura e na projeção digital”
Relativamente aos 25 anos da Fundação, o Presidente da República lembrou o “salto qualitativo” dado por esta entidade, nomeadamente com a criação do Grande Prémio da Portugalidade.
“A Fundação Ilídio Pinho premeia quem marcou Portugal cá dentro ou lá fora”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa, referindo-se aos já galardoados: o arquiteto Siza Vieira, o general Ramalho Eanes e o cardeal José Tolentino de Mendonça.
Também o diretor geral do Grande Prémio Portugalidade, Carlos Magno, tomou a palavra nesta cerimónia para dizer que a Fundação Ilídio Pinho “é um centro de pensamento crítico e ação para o futuro” e acrescentou que o presidente da Instituição “é uma honra para Portugal”.
No seu discurso de boas vindas, Ilídio Pinho disse que “valeu a pena ter criado uma Instituição diferente, à qual foram doados 50 milhões de euros para se dedicar à ciência, às artes, à cultura e à humanização”.
O empresário, natural de Vale de Cambra, lembrou que aquela cerimónia não é para celebrar unicamente o passado da Fundação e o papel ao serviço da ciência, da valorização humana, do desenvolvimento económico, da promoção da cultura e da solidariedade entre gerações e povos.
“Impõe-se que a cerimónia de hoje seja de continuidade do nosso gesto do futuro”, sublinhou, acrescentando que o trabalho desenvolvido pela Instituição – criada em memória do filho Ilídio Pedro – tem sido “um bom exemplo da nossa capacidade para transformar momentos difíceis em novos conceitos e em novas oportunidades”.
Em dia de festa, Ilídio Pinho recordou ainda a importância dos 16 anos do Prémio Ciência na Escola, também criado pela Instituição. “Um projeto altamente estratégico para a cultura científica integrada nacional, onde estiveram envolvidos mais de 500 mil alunos e professores de todo o país”, disse o empresário, que lamentou que o Governo anterior tenha deixado cair o Prémio, criado em 2002/2003.
Durante a cerimónia, Ilídio Pinho agraciou 25 personalidades com um “Pinho de prata”, estatueta que assinala um quarto de século da Fundação. De entre eles, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o arquiteto Siza Vieira, o general Ramalho Eanes, o cardeal José Tolentino de Mendonça, (representado, nesta cerimónia, pela reitora da Universidade Católica Portuguesa – UCP, Isabel Capeloa Gil), os presidentes da Câmara do Porto, Rui Moreira, de Lisboa, Carlos Moedas e de Vale de Cambra, José Pinheiro, o reitor da Universidade do Porto (U. Porto), António Sousa Pereira, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Emídio Gomes, entre outros.
No seu discurso, Rui Moreira disse falar em nome dos homenageados, lembrando que são estes que lhe devem estar agradecidos pelo trabalho desenvolvido pela Instituição e pelo seu presidente ao longo destes 25 anos.
“É nobre e essencial a missão desta Fundação. Portugal precisa de mais instituições como a criada pelo espírito inconformado e empreendedor do eng. Ilídio Pinho. São 25 anos de excelência, ao serviço do desenvolvimento, da cultura e da humanização do país. Ao serviço do bem comum, que é tão difícil de definir, mas que em si, eng. Ilídio Pinho encontramos. Há pessoas que fazem a diferença e o senhor engenheiro tem feito a diferença”, salientou ainda o autarca do Porto.
