Entrevista com cabeça de lista da Iniciativa Liberal por Aveiro, Mário Amorim Lopes
Em entrevista ao Voz de Cabra, o cabeça de lista da Iniciativa Liberal pelo circulo de Aveiro, Mário Amorim Lopes revela que, nestas eleições, o Partido pretende aumentar a votação no distrito, por considerar que este é é um dos distritos mais empreendedores do país. O candidato à Assembleia da República, sublinhou que o Partido quer aumentar ainda mais a capacidade empresarial e industrial de Vale de Cambra, para que sirva de exemplo ao resto do país.
Cristina Maria Santos
Nestas legislativas concorre como cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Aveiro. O que consideraria um bom resultado neste distrito?
Teremos um bom resultado em Aveiro se conseguirmos alcançar dois objetivos: o primeiro é crescer a nível nacional em relação a 2024. Se tivermos maior presença na Assembleia da República isso será bom para todo o território e, por conseguinte, para Aveiro também, sobretudo para o seu desenvolvimento social e económico. O segundo objetivo é conseguirmos ter uma votação maior em Aveiro do que na média dos restantes distritos. Isto porque Aveiro é um dos distritos mais empreendedores do país, de gentes com mangas arregaçadas, que não se acomoda à espera de alguém ou do Estado, simplesmente levanta-se e faz. Isto é o espírito da Iniciativa Liberal.
Ao pensar no concelho de Vale de Cambra, se for eleita que medida poderia tomar de imediato para esta região?
Os deputados à Assembleia da República representam toda a nação e não podem defender interesses de locais ou regiões, embora sejam eleitos por distritos. Se prometesse algo específico para um concelho de Aveiro estaria a violar o Artigo 152.º da Constituição, que refere que “Os Deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos”.
Dito isto, Vale de Cambra é um bom exemplo de como um concelho pode e deve ser um pulmão industrial forte, com empresas de dimensão grande e perfil exportador, que conseguem empregar mais gente e pagar melhores salários do que empresas mais pequenas e menos tecnológicas. Mais do que isso, são empresas inovadoras. Aquilo que queremos é aumentar ainda mais esta capacidade empresarial e industrial de Vale de Cambra, para que sirva de exemplo ao resto do país. Temos de eliminar barreiras, burocracias e quaisquer entraves a que surjam mais empresas que criem bons postos de trabalho e ofereçam bons salários, e eliminar entraves a que as empresas atuais possam crescer ainda mais, sobretudo para fora do país. Precisamos de mais Vales de Cambra em Portugal.
Em termos gerais, o que diferencia o programa do IL dos apresentados pelos restantes partidos?
Nenhum outro partido tem esta veia reformista e transformadora para Portugal. Nós acreditamos profundamente de que Portugal é isto, mas pode ser ser muito mais. Temos todos os ingredientes para podermos ser um país tão ou mais rico do que uma Holanda, uma Bélgica ou uma Irlanda. Temos o talento, temos a capacidade de trabalho, temos uma boa localização e temos sobretudo gente com vontade. Não temos é tido políticos com essa visão, mas antes políticos acomodados, situacionistas, que se resignaram com a situação. A IL não se resigna nem se acomoda: com as reformas e os incentivos certos, Portugal pode ser uma país muito mais próspero, com melhores salários, melhores pensões, melhor emprego, melhores condições de vida, onde os jovens possam ficar e os idosos possam conviver com os seus filhos e netos. Um outro Portugal é possível e nada nem ninguém nos demove dessa convicção.