Adriana Rodrigues e Maria José Aguiar foram eleitas deputadas na Assembleia da República para representar o distrito de Aveiro. Adriana Rodrigues ocupada o número seis da candidatura liderada por Luis Montenegro e Maria José Aguiar voltou a integrar a lista do Chega (segundo lugar), encabeçada por Pedro Frazão.
Cristina Maria Santos
A AD – Coligação PSD/CDS venceu hoje as eleições legislativas no distrito de Aveiro com 39,48% (163.617 votos), onde voltou a eleger sete deputados conquistados em 2024, enquanto o PS obteve 21,72% (90.010), perdendo um deputado, ficando com quatro e o Chega, com 20,69% (85.760), elegeu mais um deputado face às últimas eleições e ficou com quatro. A Iniciativa Liberal (IL), que conseguiu com 5,66% (23.444 votos), manteve o deputado à Assembleia da República.
Dos sete deputados eleitos pela AD no distrito de Aveiro, encontra-se a valecambrense Adriana Rodrigues, que seguirá para a Assembleia da República acompanhada pelo cabeça de lista, o presidente do PSD, Luís Montenegro, Emídio Sousa, Paula Cardoso, Silvério Regalado, Salvador Malheiro, e Almiro Moreira. Pedro Magalhães, que ocupa atualmente o cargo de chefe de gabinete do presidente da Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro e também exerce funções de presidente da Distrital de Aveiro do CDS-PP, concorria na décima posição mas não foi eleito.
“Honra e responsabilidade” são os sentimentos que Adriana Rodrigues transmitiu ao Voz de Cambra, depois de ter sido eleita pelo circulo de Aveiro, este domingo.
“É uma enorme honra e uma enorme responsabilidade por ter sido eleita deputada da nação mas, sobretudo, por ter merecido a confiança de 5.938 valecambrenses, num total de 45,59% dos votos, numa vitória expressiva da AD em todas as freguesias do concelho”, realçou.
A valecambrense lembrou que ao longo da campanha fez questão de ouvir as principais entidades públicas do concelho e reconheceu que “há muito trabalho a ser feito na defesa dos valecambrenses”.
“Com este voto de confiança, sinto que os valecambrenses querem ter uma representante na Assembleia da República, que se norteia pelo humanismo, pela justiça social, pela solidariedade. Alguém que defenda a democracia”, salientou.
Promete continuar disponível, num registo de “grande proximidade”, e que será a voz de todos na Assembleia da República, independentemente do partido ou da ideologia que defendam”, assegurou.
Dos quatro eleitos pelo Chega, encontra-se a valecambrense Maria José Aguiar, eleita pela segunda vez à Assembleia da República e será acompanhada pelos deputados Pedro Frazão, Armando Grave e Pedro Santos. O valecambrense Armando Pina, que atualmente ocupa funções de presidente da concelhia do Chega em Vale de Cambra, seguia na lista em sétimo lugar mas não foi eleito.
“Satisfação”, “alegria” e “agradecimento” foram as palavras de Maria José Aguiar ao Voz de Cambra, para definir a sua posição relativamente aos resultados eleitorais deste domingo.
A valecambrense realçou que os eleitores do distrito de Aveiro acreditaram na mensagem que o Chega passou ao longo da campanha e dirigiu-se em particular aos valecambrenses.
“Podem continuar a contar comigo. Vale de Cambra está no meu coração, assim como o distrito, para o qual tenho trabalho imenso durante todo o ano e irei continuar”, assegurou.
Maria José Aguiar promete levar as preocupações dos valecambrenses e da população do distrito para a agenda política na Assembleia da República” e reforça com a mensagem de que “está na política com seriedade, respeito por toda a gente e para servir os portugueses”.
Pelo PS foram eleitos Pedro Nuno Santos, Susana Correia, Hugo Oliveira e Filipe Neto Brandão. A candidata valecambrense Ana Maria Silva (suplente) não conseguiu ser eleita.
A Iniciativa Liberal elegeu por Aveiro o seu cabeça-de-lista, Mário Lopes.
O Bloco de Esquerda não conseguiu eleger o ex-líder parlamentar Luís Fazenda, que foi o cabeça de lista em Aveiro, ficando na sexta posição com 1,69% (7.015 votos), imediatamente atrás do Livre (3,09% e 12.805 votos), que também não conseguiu nenhum mandato.
No sétimo lugar ficou o ADN (1,68% e 6.974 votos), seguindo-se o PAN (1,24% e 5.131 votos), a CDU (1,19% e 4.923 votos), o PCTP/MRPP (0,24% e 1.005 votos), o RIR (0,23% e 933 votos), o Volt (0,14% e 592 votos), o Ergue-te (0,13% e 528 votos), a Nova Direita (0,11% e 472 votos), o PPM (0,07% e 304 votos) e o NOS (0,07% e 299 votos).
Registaram-se ainda 1,61% de votos em branco (6.662 votos) e 0,95% nulos (3.944 votos).
Dos 642.044 eleitores inscritos no distrito (menos 105 do que os eleitores inscritos em 2024), foram às urnas 414.418.
Em Espinho, onde Montenegro tem residência, a AD obteve 39,99% da votação (8.072 votos), mas o melhor resultado da coligação PSD/CDS foi em Arouca, com 53,51% (6.941 votos).
O melhor resultado que o PS teve no distrito foi em São João da Madeira, a terra de Pedro Nuno Santos, onde os socialistas alcançaram 30,34% da votação (3.877 votos), ficando na segunda posição, atrás da AD, com 32,86% (4.198 votos).
O Chega foi o segundo partido mais votado em nove concelhos (para além de Vale de Cambra, também Murtosa, Ílhavo, Vagos, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha, Estarreja, Oliveira do Bairro e Anadia). Nos restantes nove concelhos, o segundo lugar foi para o PS (Aveiro, Espinho, Santa Maria da Feira, Castelo de Paiva, Arouca, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Águeda e Mealhada).
Em 2024, a coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições legislativas no distrito de Aveiro com 35,13% (148.861 votos), elegendo sete deputados, seguido do PS, que arrecadou 27,69% (117.348 votos) e elegeu cinco deputados.