Adriana Rodrigues (PSD) foi, este domingo, eleita presidente da Assembleia Municipal de Vale de Cambra, cujo executivo é liderado por André Martins da Silva (CDS-PP). A nova líder do órgão deliberativo disse que vai privilegiar “o diálogo construtivo”, mas também pretende que seja um órgão “atento e fiscalizador”.
Cristina Maria Santos
“Trabalharei para que a nossa Assembleia Municipal seja uma casa do profícuo diálogo, de profunda transparência e de um enorme respeito, onde todas as forças políticas tenham a oportunidade de participar ativamente e de contribuir para decisões justas e equilibradas”, referiu a nova presidente da Assembleia Municipal de Vale de Cambra, na cerimónia de tomada de posse dos eleitos nas eleições autarquias, este domingo, no Centro de Artes e Espetáculos (CAE) de Vale de Cambra.
Adriana Rodrigues disse que espera que este mandato decorra com “respeito institucional, com diálogo construtivo e com convergência no essencial”, privilegiando “o debate, o diálogo e a transparência”, mas também recordou que será um órgão “atento e fiscalizador”.
“Vamos fiscalizar de forma crítica responsável e construtiva a ação do executivo”, sublinhou.
Após a tomada de posse dos órgãos autárquicos, decorreu a primeira sessão da Assembleia Municipal, para eleger a composição da mesa para os próximos quatro anos.
Adriana Rodrigues conduziu os trabalhos, uma vez que foi a primeira eleita para este órgão nas eleições de 12 de outubro, com nove mandatos (37,7%), mais um mandato do que o candidato José Pinheiro, presidente da Câmara de Vale de Cambra cessante (CDS-PP), que obteve oito mandatos (36,4%), e dois mandatos cada, para o PS (11,9%) e Chega (9,9%).
Foi entregue apenas uma lista, apresentada pela bancada do PSD, que tinha como presidente Adriana Rodrigues, primeiro secretário António Pina Marques e segunda secretária, que convidou Joana Almeida, eleita pela lista do PS.
A lista foi eleita por escrutínio secreto, de entre os membros da Assembleia Municipal e obteve a aprovação dos 15 votos favoráveis e 13 em branco.
Para a nova presidente do órgão deliberativo, este é um “marco histórico” no concelho e uma “mudança de paradigma”, sendo que é a primeira vez que uma mulher preside a este órgão em Vale de Cambra, fazendo também referência às três mulheres eleitas presidentes de junta (Arões, Cepelos e União de Freguesias de Vila Chã, Codal e Vila Cova de Perrinho).
“Este é claramente um sinal que merece ser assinalado e que abre portas para outras mulheres ou jovens raparigas, que as inspire e que lhes prove que tudo e possível e que nada lhes pode ser negado por questões de género, de raça ou por questões de credo”, referiu a presidente.

