A Aliança Democrática retomou o tema da desertificação na ação de campanha em Vale de Cambra, nesta sexta-feira. Os candidatos pelo circulo de Aveiro estiveram nas ruas de Vale de Cambra para também visitarem a construção das novas instalações da Associação de Portadores de Deficiência e contaram com a presença de Emidio Sousa e Nuno Melo.
Cristina Maria Santos
PSD e CDS estiveram nas ruas e na feira quinzenal em vale de Cambra, com os candidatos às Legislativas pelo circulo de Aveiro e deixaram garantias de compromisso de combate à desertificação e defenderem um olhar atento às zonas interiores do concelho.
“Unidos por uma causa”, foi assim que se apresentaram PSD e CDS como coligação numa visita a Vale de Cambra, um concelho em que os dois partidos disputam a governação desde 1976. Em declarações ao Voz de Cambra, Adriana Rodrigues disse “em Vale de Cambra somos um símbolo do que é a essência da Aliança Democrática e da coligação PSD/CDS. Apesar de termos objetivos distintos, também é bom para a democracia em Vale de Cambra, para as Autárquicas.”, para: “Apesar de termos objetivos distintos, nomeadamente, em termos das autárquicas, temos noção da importância de estarmos alinhados neste projeto da AD para o bem da democracia em Portugal”.
A valecambrense Adriana Rodrigues, que surge em lugar elegível da AD no distrito de Aveiro, reconheceu a necessidade de fixar jovens no concelho e lembrou que isso só se consegue com investimento.
“Em Vale de Cambra a taxa de desemprego é relativamente baixa, mas é importante continuar um esforço concertado de investimento, nomeadamente, para o territórios de baixa densidade, para aumentar a capacidade de reter os mais jovens e combater o despovoamento”, sublinhou a candidata.
Pedro Magalhães, que interrompeu a volta nacional com Luis Montenegro para acompanhar os candidatos ao concelho onde vive, revelou ao Voz de Cambra estar surpreendido com a onda de apoio e entusiasmo da população na arruada e que este é “um forte indicio de que o resultado eleitoral que se avizinha será muito positivo em Vale de Cambra e também no país”.
Pedro Magalhães é membro da lista da AD por Aveiro e ressalva que o concelho pode contar com o esforço da parte do Governo e das entidades centrais no combate à desertificação do interior.
“Podem contar com a criação de acessibilidades condignas para todos os valecambrenses e criação de condições para que as nossas empresas possam mais facilmente escoar os seus produtos e esta é uma das formas de combate à desertificação”, especifica.
O presidente da Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro (CDS), que acompanhou a caravana da AD em Vale de Cambra para dizer que acredita na promessa que o Governo fez no reforço do papel da economia, da indústria e dos empresários, para a criação de riqueza no concelho.
Emídio Sousa, o 2.º da lista da AD no distrito de Aveiro, liderada por Luis Montenegro também esteve nas ruas de Vale de Cambra e disse ficar convicto de que a coligação irá obter “um melhor resultado” do que em 2024, por ter sentido “muito mais entusiasmo nas pessoas”.
O atual secretário de Estado do Ambiente acompanhou a comitiva às obras da remodelação e construção do edifício/sede da Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente de Vale de Cambra, situado em Lordelo, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que contempla um Lar Residencial para 30 utentes e um Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI) para mais 30 utentes.
A empreitada de remodelação e construção do edifício-sede, situado no lugar de Lordelo vai custar cerca de 2,5 milhões de euros e conta com o apoio do PRR, no valor de 720 mil euros. Emídio Sousa ficou a conhecer as dificuldades financeiras que a Associação enfrenta para suportar o restante valor na ordem de 1,1 milhões de euros para construção do Lar e ainda a construção do CACI, no valor de 628 mil euros.
O candidato sublinhou que este Governo está muito atento e preocupado com as instituições de solidariedade social e assegurou que levará o assunto para ser analisado, “de forma a serem encontradas soluções para estas dificuldades”, referiu em declarações ao Voz de Cambra.
O atual presidente do CDS-PP, Nuno Melo também se inteirou do problema e garantiu ali o empenho do Governo em solucionar o problema e recomendou a Associação a voltar a candidatar-se ao programa PARES, em que o Lar residencial poderá ser elegível.
Em declarações ao Voz de Cambra, o também ministro da Defesa Nacional, disse que, ao contrário do anterior Governo, “a atual governação tem um empenho muito forte na economia, mas sem nunca esquecer a coesão social”.
“Neste concelho é notável o esforço no apoio social, desde logo dos que mais precisam e o Estado não faz nenhum favor quando se propõe apoiar estas instituições, porque elas fazem muito melhor do que o Estado alguma vez poderia fazer”, frisou.

