A deputada do PSD Adriana Rodrigues defendeu esta sexta-feira no Parlamento que o Orçamento do Estado para 2026 vai “fazer crescer Portugal”. Intervindo no plenário, a parlamentar a social democrata deu um exemplo de Vale de Cambra para contestar o “velho discurso” do PCP que afasta trabalhadores de empresários.
“Este é um orçamento para todos os portugueses, com uma visão completamente holística e integrada, ciente da importância do equilíbrio e da simbiose perfeita entre as empresas e os seus colaboradores. Este é um orçamento que se preocupa com as empresas, que estimula com medidas concretas a produtividade, que reduz o IRC, deixando a previsibilidade de continuar a descer até 2028. Este é um orçamento que pensa nas famílias, que pensa nas pessoas e que reduz pela quarta vez o IRS. Este é um orçamento que valoriza as profissões” – vincou Adrianda Rodrigues na Comissão de Orçamento.
A deputada aveirense contestou aquilo a que apelidou de “velho discurso” do PCP, que acabara de ouvir, que ainda se refere ao “nós e eles” e ao “patrão e proletariado”. Para Adriana Rodrigues, “esta radicalização que alguns partidos políticos insistem em fazer, que coloca em polos opostos empresas e empresários é completamente injusta, não acrescenta nada de positivo e deve ser evitada”.
Na sua intervenção na audição do ministro de Estado e das Finanças, a parlamentar social democrata deu o exemplo de uma empresa da sua terra, Vale de Cambra, para sublinhar que “é consensual que ter trabalhadores felizes, integrados e que fazem parte do processo de gestão é fundamental para o aumento da produtividade”: “em Vale de Cambra, a Inocambra tornou acionistas os trabalhadores com mais de cinco anos de casa, sem qualquer custo, num valor equivalente a 50 por cento do salário base anual”.
Adriana Rodrigues deu a medida da empresa valecambrense como um “exemplo de boas práticas e de como o mundo empresarial evoluiu, humanizou-se, democratizou-se, e onde as pessoas assumem um papel central na gestão das organizações”, defendendo este modelo de propriedade partilhada como um “exemplo paradigmático de que esta bipolarização do nós e do eles já não se aplica num país como Portugal, aos nossos empresários e aos nossos recursos humanos”.
“Este orçamento vai, com certeza, fazer crescer Portugal”, concluiu Adriana Rodrigues, depois de ter iniciado a sua intervenção no plenário com a frase “este é, mesmo, um bom orçamento do estado para 2026”.

