Ainda este ano 2020 fiz a minha primeira dose da vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech. Até ao momento, não apresentei qualquer sintoma de reação adversa. O plano de vacinação está extremamente bem organizado nas marcações e realização, permitindo até a liberdade de escolha (fazer ou não fazer).
Inicialmente tive dúvidas, teóricas e práticas. A vacinação representa sempre a introdução de algo no nosso organismo (parecido com a doença, mas que não é a doença) com o intuito de estimular o sistema imunitário a defender-se caso contacte futuramente o agente (através dos anticorpos produzidos no entretanto). Esta estratégia é também utilizada para combater outros microorganismos, como o vírus Influenza (a vulgar “gripe”). As vacinas permitiram tornar muitas doenças “geríveis” para os Serviços de Saúde, reduzindo significativamente o número de infetados e até mesmo erradicando algumas patologias. As vacinas resultam de uma evolução tecnológica maciça dos tempos modernos, que é altamente regulamentada e fiscalizada.
Há vários motivos para sermos vacinados. Todos nós podemos contrair ou disseminar o vírus, algo que nenhum de nós deseja pela incapacidade que tal pode proporcionar. Precisamos que a sociedade regresse à “nova normalidade” para que a engrenagem do mundo volte a funcionar (ensino, justiça, saúde, economia…). Precisamos de esperança e confiança no futuro. Nunca houve, na história do mundo, um investimento em conjunto tão grande para ser produzida uma vacina. O investimento monetário foi gigantesco, com várias nações empenhadas quase que exclusivamente neste objetivo. Milhões de outros projetos de investigação deixaram de ser prioritários, havendo um redireccionamento de esforços nas melhores equipas de investigação do mundo para gerar a vacina contra a covid-19. A tecnologia e conhecimentos que temos ao nosso dispor nunca foram tão vastos para permitir criar esta vacina com segurança. Para além disso, temos quase um ano de Pandemia a decorrer (tempo que permite fazer muito). A vacina é distribuída a um preço acessível a todos os países, sendo gratuita para o cidadão. Estão a vacinar em primeiro lugar profissionais de saúde e idosos, que são os grupos prioritários (sem profissionais de saúde nos hospitais ficamos sem recursos para cuidar dos doentes; os idosos são o grupo mais afetado pela doença). Milhões de pessoas foram já vacinadas em todo o mundo, contando-se quase pelas pontas dos dedos aqueles que tiveram reação adversa (que foi ligeira). Ainda têm dúvidas sobre a vacinação?
Vacine-se por favor. Por si, pelos seus, pelos meus e por mim.