O fundador do Movimento 1.º de Dezembro, Ribeiro e Castro, falou em Vale de Cambra, sobre algumas das preocupações que tem relativamente às políticas territoriais que estão a ser desenvolvidas no país e, no seu discurso sobre os 49 anos do 25 de abril, lembrou que se pode “fazer melhor” a este e outros níveis.
José Ribeiro e Castro disse que agradecia todos os anos o facto de viver em democracia e que esta tem de prosseguir no caminho do “fazer melhor”.
Ribeiro e Castro tem algumas preocupações que considera poderem por em risco o país, como é o caso da centralização. Aconselha mesmo ao regresso dos distritos na gestão dos municípios em vez das regiões administrativas.
“Preocupa-me a forma como está a ser feita a centralização do país, com políticas territoriais desastrosas, que demoliram os 18 distritos para criar apenas cinco regiões administrativas e isso não é descentralizar mas sim centralizar, com consequências como a desertificação, maior desigualdade, mais atrasado e menos dinamismo”, referiu.
Falou ainda de preocupações como: um crescimento económico “insuficiente”, abaixo no ranking de outros países que outrora tinham menos estabilidade, como é o caso da Roménia; mas também a redução das Forças Armadas e a sua “capacidade operacional fragilizada”; e ainda a “lentidão da justiça” e “violação do segredo de justiça”, entre outras.
Ribeiro e Castro teme um aumento da abstenção nas próximas eleições, muito devido a um sistema que considera, “cada vez mais fechado”.
José Ribeiro e Castro é um rostos mais conhecidos da política portuguesa, com uma intervenção pública desde o 25 de Abril até aos dias de hoje, percurso durante o qual chegou a liderar o CDS/PP e foi deputado e eurodeputado.
Fundador do Movimento 1.º de Dezembro, Ribeiro e Castro, considerou nesta terça-feira em Vale de Cambra que é fundamental lembrar e ter sempre presente que o 25 de Abril e 25 de Novembro são dois em um, “a razão por que, meio século depois, vivemos em democracia e em liberdade e podemos festejá-las”.