O presidente do Partido Social Democrata, Luís Montenegro, esteve esta terça-feira em Vale de Cambra para ouvir os responsáveis pelas instituições do setor social do concelho e propôs que seja criada uma Lei de Bases para regular o funcionamento das IPSS´s. Este encontro contou com a organização conjunta da estrutura do PSD de Vale de Cambra, a que se juntaram autarcas, militantes e simpatizantes do partido. A visita de Montenegro esta inserida no périplo que está a fazer pelo distrito de Aveiro, no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”.
Cristina Maria Santos
“Sentir Portugal” consiste na volta do presidente do partido por todos os distritos de Portugal, com visitas e ações de proximidade em todos os concelhos do país. Depois da visita ao Centro de Saúde, Luís Montenegro encontrou-se com os responsáveis por instituições do setor social do concelho no Ágora Bar.
Na qualidade de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra, António Pina Marques começou por revelar a falta de apoios nas áreas de respostas sociais às famílias, sénior, apoio domiciliário e as dificuldades financeiras com a Unidade de Cuidados Continuados e com o Centro de Acolhimento Temporário.
José Roque, presidente da Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa/Núcleo de Vale de Cambra, que acolhe jovens, falou sobre a desigualdade nos apoios a instituições como a que representa, relativamente a outras de concelhos vizinhos.
A representar a Cooperativa Focus, especialista na resposta a portadores de autismo e a Associação Valecambrense de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente, estiveram Fernando Barbosa e Rosa Anita Teixeira respetivamente, que revelaram as dificuldades porque passam para dar continuidade ao seu trabalho e que esta é uma área esquecida. Alertaram para a importância de o Governo olhar mais de perto para os cidadãos portadores de deficiência.
Miguel Aguiar Soares, na qualidade de presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra, mas também da Federação dos Bombeiros de Aveiro, especificou algumas das preocupações desta classe, nomeadamente de “injustiças fiscais”, subida dos combustíveis e dos salários mínimos, do ordenamento do território e do seu impacto para os municípios, nas áreas da proteção civil e da saúde.
Da estrutura do PSD de Vale de Cambra, estiveram presentes o recentemente reeleito presidente da concelhia, Rogério Batista, que enalteceu a visita e presença daquele que augura ser o “futuro primeiro-ministro de Portugal”, Luís Montenegro.
Adriana Rodrigues, vice-presidente da Comissão Política do PSD em Vale de Cambra lembrou que Vale de Cambra é um concelho industrializado, mas que precisa de “cuidar da sua população ativa, que necessita que cuidem dos seus pais e dos seus filhos”, referiu. Adriana Rodrigues referia-se, por exemplo, à falta de creches e de respostas sociais para um concelho com uma população envelhecida.
Depois de ouvir os responsáveis das instituições sociais do concelho, Luís Montenegro mostrou-se solidário com as preocupações do setor social, que considera transversais ao país e salientou a importância de haver políticas direcionadas às IPSS’s.
Para Montenegro, “o Governo deve apostar no setor social como uma aposta estratégica”, que as instituições “devem ter meios para se auto-financiarem e não ficarem dependentes do Governo”.
O líder do PSD propôs uma lei de base especifica, que regule o funcionamento destas instituições e frisou que o país precisa de “novas políticas de transparência, de boa gestão e que deem resposta a áreas como o ensino, a saúde, a deficiência…” e que o governo saiba “gerir o dinheiro público”, salientou.